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4ª DOSE SERÁ INDICADA PARA IDOSOS

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (23), a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 em idosos acima de 80 anos. A estimativa é que 4,6 milhões de idosos recebam esta segunda dose de reforço.

De acordo com a pasta, a aplicação deve ser feita quatro meses após a primeira dose de reforço. A orientação é que a vacina seja, preferencialmente, da Pfizer. Os imunizantes da Janssen e da AstraZeneca também podem ser utilizados como alternativa, independentemente da vacina anterior. No entanto, o ministério afirmou que há doses suficientes da Pfizer para cumprir com esta nova etapa da campanha.

A decisão em incorporar a quarta dose foi tomada pela Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI), que levou em conta a redução da efetividade das vacinas nesse público. Os estudos considerados pelos técnicos indicam que há um “envelhecimento natural do sistema imunológico, o que exige uma estratégia diferenciada para a proteção desse grupo.”

A Cetai estuda, agora, a necessidade de ampliar a quarta dose para demais idades. A estratégia já atendia a pessoas imunocomprometidas a partir dos 12 anos. “O Ministério da Saúde acompanha a necessidade da aplicação da segunda dose de reforço em outras faixas etárias e as recomendações podem ser revistas a qualquer momento”, afirmou a pasta.

Nos estados

 

O estado de São Paulo já começou, desde a última segunda-feira (21), a aplicar a quarta dose em idosos a partir dos 80 anos. Segundo o governo estadual, 900 mil pessoas nessa faixa etária receberão a aplicação nesta etapa do calendário de imunização. O mato Grosso segue estratégia semelhante. Já no Pará e Amazonas a liberação é a partir dos 70 anos.

No Espírito Santo e Rio Grande do Norte, a ampliação da vacinação inclui pessoas a partir dos 60 anos, assim como no Mato Grosso do Sul, que ainda atende com a segunda dose de reforço os profissionais de saúde. Os demais estados seguiam as indicações do Ministério da Saúde restringindo a quarta dose a imunossuprimidos.

O ministério, comandado por Marcelo Queiroga, analisa revogar a portaria que decretou, em 2020, o estado de emergência em saúde pública de importância nacional em decorrência da pandemia, mas enfrenta entraves legais, uma vez que há uma série de atos com efeitos vinculados diretamente a ela. Queiroga disse que não há prazo para a suspender a medida.

Diante do cenário, o ministro se reuniu recentemente com os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal — Arthur Lira (PP-AL), Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Luiz Fux, respectivamente — para tratar sobre o tema.

Nas reuniões, Queiroga informou que o governo estuda uma transição da situação da pandemia e destacou que nada será alterado de forma abrupta. O ministro mostrou, ainda, relatos da situação epidemiológica do país.

“Eu tenho dialogado com os presidentes dos poderes para que tenhamos uma transição  tranquila, que essas medidas são graduais e têm de apresentar o que já existe na sociedade”, disse Queiroga, acrescentando que não há, por enquanto, novas reuniões previstas sobre o tema.

Via R7