VEJA O QUE É PRECISO PARA SE TER UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
Desde que a pandemia do Coronavírus se agravou no Sul de Minas e a falta de leitos, sobretudo, de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), se tornou uma realidade no dia a dia, as pessoas se perguntam. Por que Carmo do Rio Claro não possui UTI?
Sabemos que não é qualquer hospital que tem condições de ter uma UTI, por se tratar, evidentemente, de um processo complexo que demanda uma série de profissionais específicos e aparelhos para o seu completo e adequado funcionamento.
Pensando nisso e para ajudar a esclarecer essas dúvidas, fomos pesquisar um pouco do que é exigido para se ter um leito de UTI, veja lista abaixo:
- Posto de enfermagem / área de serviços de enfermagem
Área para prescrição médica
Quarto para isolamento
Área coletiva de tratamento
Sala de higenização e preparo de equipamentos
Sala de entrevistas
Sala de utilidades
Sala de espera para acompanhantes e visitantes
Quarto de plantão
Sala administrativa ( secretaria )
Rouparia
Depósito de material de limpeza
Depósito de equipamentos e materiais
Copa
Banheiro para quarto de plantão
Área de estar para equipe de saúde
Sanitários com vestiários para funcionários ( mas. e fem. )
Sanitário para público (junto à sala de espera)
Sanitário para pacientes ( geral )
Critérios de classificação entre as diferentes Unidades de Tratamento Intensivo – UTI. Das Unidades de Tratamento Intensivo do tipo II; Deve contar com equipe básica composta por:
– um responsável técnico com título de especialista em medicina intensiva ou com habilitação em medicina intensiva pediátrica;
– um médico diarista com título de especialista em medicina intensiva ou com habilitação em medicina intensiva pediátrica para cada dez leitos ou fração, nos turnos da manhã e da tarde;
– um médico plantonista exclusivo para até dez pacientes ou fração;
– um enfermeiro coordenador, exclusivo da unidade, responsável pela área de enfermagem;
– um enfermeiro, exclusivo da unidade, para cada dez leitos ou fração, por turno de trabalho;
– um fisioterapeuta para cada dez leitos ou fração no turno da manhã e da tarde;
– um auxiliar ou técnico de enfermagem para cada dois leitos ou fração, por turno de trabalho;
– um funcionário exclusivo responsável pelo serviço de limpeza;
– acesso a cirurgião geral(ou pediátrico), torácico, cardiovascular, neorocirurgião e ortopedista.
O hospital deve contar com:
– Laboratórios de análises clínicas disponível nas 24 horas do dia;
– agência transfusional disponível nas 24 horas do dia;
– hemogasômetro;
– ultra-sonógrafo;
– eco-doppler-cardiógrafo;
– laboratório de microbiologia;
– terapia renal substitutiva;
– aparelho de raios-x móvel;
– serviço de Nutrição Parenteral e enteral;
– serviço Social;
– serviço de Psicologia;
O hospital deve contar com acesso a :
– estudo hemodinâmico;
– angiografia seletiva;
– endoscopia digestiva;
– fibrobroncoscopia;
– eletroencefalografia;
Materiais e Equipamentos necessários:
– cama de Fawler, com grades laterais e rodízio, uma por paciente;
– monitor de beira de leito com visoscópio, um para cada leito;
– carro ressuscitador com monitor, desfibrilador, cardioversor e material para intubação endotraqueal, dois para cada dez leitos ou fração;
– ventilador pulmonar com misturador tipo blender, um para cada dois leitos, devendo um terço dos mesmos ser do tipo microprocessado;
– oxímetro de pulso, um para cada dois leitos;
– bomba de infusão, duas por leito;
– conjunto de nebulização, em máscara, um para cada leito;
– conjunto padronizado de beira de leito, contendo: termômetro(eletrônico, portátil, no caso de UTI neonatal), esfigmonômetro, estetoscópio, ambu com máscara(ressuscitador manual), um para cada leito;
– bandejas para procedimentos de : diálise peritoneal, drenagem torácica, toracotomia, punção pericárdica, curativos, flebotomia, acesso venoso profundo, punção lombar, sondagem vesical e traqueostomia;
– monitor de pressão invasiva;
– marcapasso cardíaco externo, eletrodos e gerador na unidade,
– eletrocardiógrafo portátil, dois de uso exclusivo da unidade;
– maca para transporte com cilindro de oxigênio, régua tripla com saída para ventilador pulmonar e ventilador pulmonar para transporte;
– máscaras com venturi que permita diferentes concentrações de gases;
– aspirador portátil;
– negatoscópio;
– oftalmoscópio;
– otoscópio;
– Pontos de oxigênio e ar comprimido medicinal com válvula reguladoras de pressão e pontos de vácuo para cada leito;
– cilindro de oxigênio e ar comprimido, disponíveis no hospital;
– conjunto CPAP nasal mais umidificador aquecido, um para cada quatro leitos, no caso de UTI neonatal, um para cada dois leitos;
– capacete para oxigenioterapia para UTI pediátrica e neonatal;
– fototerapia, um para cada três leitos de UTI neonatal;
– Incubadora com parede dupla, uma por paciente de UTI neonatal;
– balança eletrônica, uma para cada dez leitos na UTI neonatal;
Humanização:
– climatização;
– Iluminação natural;
– divisórias entre os leitos;
– relógio visíveis para todos os leitos;
– garantia de visitas diárias dos familiares, à beira do leito;
– garantia de informações da evolução diária dos pacientes aos familiares por meio de boletins.
As Unidades de Tratamento Intensivo do tipo III, devem, além dos requisitos exigidos paras as UTI tipo II, contar com:
Espaço mínimo individual por leito de 9m², sendo para UTI Neonatal o espaço de 6 m² por leito;
Avaliação através do APACHE II se for UTI Adulto, o PRISM II se UTI Pediátrica e o PSI modificado se UTI Neonatal.
Além da equipe básica exigida pela UTI tipo II, devem contar com:
– um médico plantonista para cada dez pacientes, sendo que pelo menos metade da equipe deve ter título de especialista em medicina intensiva reconhecido pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira(AMIB);
– enfermeiro exclusivo da unidade para cada cinco leitos por turno de trabalho;
– fisioterapeuta exclusivo da UTI;
– acesso a serviço de reabilitação;
Além dos requisitos exigidos para as UTI tipo II, o hospital deve possuir condições de realizar exames de :
– tomografia axial computadorizada;
– anatomia patológica;
– estudo hemodinâmico;
– angiografia seletiva;
– fibrobroncoscopia;
– ultra-sonografia portátil.
Além materiais e equipamentos necessários para UTI tipo II, o hospital deve contar com:
– Metade dos ventiladores do tipo microprocessado, ou um terço, no caso de UTI neonatal;
– monitor de pressão invasiva, um para cada cinco leitos;
– equipamentos para ventilação pulmonar não invasiva;
– capnógrafo; – equipamento para fototerapia para UTI Neonatal, um para cada dois leitos;
– marcapasso transcutâneo.