SUL DE MG TEVE 66 MORTES DE MÉDICOS VÍTIMAS DA COVID
Desde o início da pandemia, 66 médicos do Sul de Minas morreram vítimas da Covid-19. Atualmente são 66 profissionais, que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus, internados em tratamento contra a doença: um em Passos e outro Três Pontas.
As 66 mortes aconteceram em 36 cidades da região. E as infecções, em 86 cidades. A classe médica foi a primeira a receber a imunização contra a doença, juntamente com os idosos nos asilos e a população indígena.
A imunização fez com que a doença não se manifestasse de maneira grave na maioria dos profissionais. Um desses exemplos é o diretor clínico do Hospital Renascentista de Pouso Alegre, Ricardo Alckmin.
“Em meados de junho eu fui acometido pela Covid-19, assim como tantos brasileiros foram. Felizmente sem complicações, não tive necessidade de internação hospitalar, manifestei apenas com dor no corpo, febre. Depois do período de isolamento pude voltar às atividades normalmente. É claro que isso gerou uma ansiedade, uma angustia uma preocupação, embora eu não tenha comorbidades, eu não faça parte do grupo de risco, que teoricamente está mais suscetível às complicações mais graves da doença, existe sempre o receio de ter uma evolução não muito favorável. Isso impacta em nosso aspecto psicológico, mas, felizmente, com o apoio dos meus amigos e familiares, eu superei esse difícil período”, disse.
Outro médico contaminado pela doença foi o presidente da Associação Médica de Varginha, Adrian Bueno. Ele explica que também estava vacinado, o que ressalta “a importância da vacinação”.
“Realmente é uma doença que trouxe um grande desafio para toda classe médica e traz um medo para todas as pessoas em geral. É um vírus novo que traz muitas consequências durante as complicações desse vírus. Eu já havia sido vacinado com as duas doses de vacina, mesmo assim contraí o vírus da Covid-19, de uma maneira mais branda. Está ai a importância da vacinação”, falou.
Os desafios da pandemia
Adrian Bueno destaca os desafios dos médicos cresceram com a pandemia. De acordo com ele, o início dela fez com que a rede hospitalar tivesse que se reestruturar para conseguir realizar os atendimentos necessários.
“Esse vírus trouxe um desafio muito grande para toda classe médica. E hoje, o trabalho, além da gente estar lidando ainda com o vírus e as variantes do vírus que têm aparecido, a gente orienta ainda sobre as medidas de prevenção que as pessoas têm que fazer”, disse.
“O maior desafio foi no início da pandemia que tivemos que estruturar toda uma rede hospitalar, criação de hospital de campanha, para dar conta de atender toda população que ali se contaminava e precisava de atendimento médico”, completou.
Via G1 Sul de Minas