DETRAN-MG É INVESTIGADO POR CORRUPÇÃO
Policiais, servidores administrativos e despachantes do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) são investigados por corrupção e outros crimes pela corregedoria da Policia Civil. Nesta sexta-feira (12), foram cumpridos 58 pedidos de busca e apreensão e 15 de prisão, dos quais 9 eram servidores da própria Polícia Civil. Duas pessoas seguem foragidas, dentre elas, um delegado.
A operação foi deflagrada pela própria Polícia Civil, e os suspeitos são investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio, formação de organização criminosa e falsidade ideológica.
A corregedora-geral da Polícia Civil, Ana Paula da Silva Fernandes, disse que não poderia dar mais detalhes sobre o modus operandis do esquema, porque as investigações ocorrem sob sigilo.
“O trabalho de hoje é decorrente de um inquérito policial instaurado pela corregedoria em março de 2019. As investigações tiveram inicio a partir de áudios publicados tanto nas redes sociais, quanto na imprensa, noticiando diversas irregularidades referentes ao Detran-MG. A partir de então, desencadeamos várias diligências, inclusive com quebras de sigilo”, afirmou.
Delegado exonerado
Foi neste mesmo ano de 2019, inclusive, que o coordenador do Detran o delegado-geral Cláudio Freitas Utsch Moreira, foi exonerado do cargo de Coordenador de Operações Policiais (COP/Detran-MG).
De acordo com a Polícia Civil, à época, a decisão foi deliberada e fundamentada por unanimidade pelo Órgão Especial do Conselho Superior da corporação, em razão da circulação de áudios com indicativos de possíveis irregularidades reveladas na coordenação do COP.
Diligências
Nesta sexta-feira (12), foram cumpridas diligências em unidades de Polícia Civil, residências e estabelecimentos comerciais nas cidades da região metropolitana de Belo Horizonte. Além da capital, as cidades de Contagem, Vespasiano, Santa Luzia e Igarapé, todas na região metropolitana, também foram alvo da operação, além de Guaxupé, no Sul de Minas e da capital paulista.
Apreensões
Quantia não informada em dinheiro, cheque e vários documentos foram apreendidos. A investigação está sendo acompanhada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
“Tivemos um resultado muito produtivo na acolhida de provas. Essas provas serão analisadas juntamente com a corregedoria”, afirmou promotor de Justiça do Gaeco Gabriel Pereira de Mendonça.
Por sua vez, o diretor geral do Detran-MG, Eurico da Cunha Neto, afirmou que está dando apoio irrestrito aos trabalhos da corregedoria.
Via O Tempo