TELEFÉRICO DE POÇOS DE CALDAS DEVE VOLTAR A FUNCIONAR EM JULHO
O teleférico de Poços de Caldas (MG) deve voltar a funcionar até o dia 1º de julho. O prazo para a volta do ponto turístico foi estipulado pelo prefeito Sérgio Azevedo em uma reunião nesta segunda-feira (22). O teleférico está paralisado desde 2019, quando uma das cabines caiu e deixou um funcionário ferido.
O teleférico faz parte do processo de concessão dos pontos turísticos realizado pela prefeitura (leia mais abaixo). A abertura do edital foi adiada para maio deste ano. Diante deste adiamento, o prefeito criou uma comissão para fazer com que o bondinho volte a funcionar até o dia 1º de julho.
“Formei uma comissão e temos profissionais para colocar ele em funcionamento. Solicitei para que seja feita uma ampla reforma nele, para que fique em perfeitas condições, modernizando ele, para que a gente volte a funcionar no dia 1º de julho. Então, no mês das férias eu quero o teleférico funcionando. Esse é o compromisso que solicitei à comissão e foi assumida a meta para que volte a funcionar, até antes, se possível. Mas, no mais tardar, 1º de julho”, disse o prefeito.
De acordo com o prefeito, o principal obstáculo para o turismo na cidade é o teleférico. O secretário de Turismo Ricardo Fonseca afirmou que o teleférico tinha mais de 50 anos e não havia cartilha técnica para manutenção dos equipamentos. O valor para reconstruir um novo teleférico ficaria em torno de R$ 5 milhões e, por isso, a prefeitura informou que o ponto turístico só deve retornar com uma empresa responsável por ele.
“Ao logo do tempo não houve o cuidado, o zelo de guardarem as informações técnicas. O equipamento é muito antigo, apesar de ser muito bom. Todo mundo fala que está na hora de aposentar. Hoje, para você ter uma readequação do equipamento estamos prevendo R$ 5 milhões. É um valor muito alto para o município. Como estamos no processo de concessão, passa-se a responsabilidade para a empresa decidir se ela dá essa readequação ou se constrói um novo”, explicou o secretário.
Plano municipal de turismo
Nesta quarta-feira (23), a prefeitura apresentou o Plano Municipal de Turismo. O documento prevê uma série de ações que devem ser desenvolvidas nos próximos anos e que irão contribuir para que a cidade participe de políticas públicas estaduais e federais.
Este plano foi construído ao longo destes últimos dez meses e contou com a colaboração de uma comissão formada para avaliar o setor do turismo na cidade. Para a elaboração do plano, a comissão analisou a demanda turística na cidade, o perfil do turista, entre outros pontos.
Cristo, Poços de Caldas (MG) — Foto: Marcos Corrêa
“Esse plano nos trouxe novos números. Vai ficar muito mais atrativo com esses números que temos agora. Com esse planejamento, chegamos muito melhor do que imaginávamos. Isso necessita de mais prazo para que a gente possa atualizar todo esse estudo que foi feito e publicar novamente. E também fugir da concorrência, porque, neste primeiro semestre, está tendo privatizações em várias partes do país e as empresas que investem são poucas, sendo que estão tomadas por diversas licitações que já estão ocorrendo. Então, decidimos esperar um pouco, deixar passar o ‘boom’ do primeiro semestre e fazer logo no início do segundo [semestre] a nossa publicação. Entendemos que vai ser em um momento melhor e em um projeto mais atualizado, que será mais atrativo”, comentou o prefeito.
Concessão dos pontos turísticos
O primeiro edital para a concessão dos pontos turísticos foi feito em outubro de 2020 e não houve interessados. A prefeitura chegou a fazer alterações no projeto inicial e uma nova audiência sobre essa concessão foi marcada, mas o processo de concessão para a iniciativa privada acabou sendo suspenso por determinação do Tribunal de Contas do Estado.
Em agosto de 2021, outro projeto foi aberto e trouxe a inclusão da rampa de paraglider e adequação dos valores para deixar a proposta mais atrativa para a iniciativa privada. Além disso, havia alterações em relação às reformas necessárias no teleférico para quem assumir o equipamento. Também faziam parte do projeto de concessão a Fonte dos Amores, o Recanto Japonês e o Véu das Noivas que funcionam normalmente na cidade.
Porém, sem empresas interessadas, a prefeitura decidiu suspender temporariamente o processo de concessão dos pontos turísticos. A estimativa é que a empresa que assumir os locais invista R$ 40 milhões nos primeiros cinco anos da concessão.
Em dezembro, outro edital foi publicado. Os envelopes com as propostas deveriam ter sido abertas no dia 15 de fevereiro, mas o processo foi adiado novamente pela administração municipal para maio deste ano.
Via G1 Sul de Minas