DestaquesNotíciasPolicial

GOLPISTA DO TINDER ENTRA NA MIRA DA POLÍCIA

Herdeiro de uma família rica e tradicional de Minas Gerais, que esbanja luxo nas redes sociais. Assim o mineiro Rafael Correa de Paula, de 33 anos, se apresenta na web. Mas a polícia investiga se o rapaz, na verdade, é estelionatário e criou um “personagem” para aplicar golpes pelo aplicativo Tinder.

Inquéritos que apuram a conduta do homem estão em curso em São Paulo e Rio de Janeiro, onde alguns homens que se dizem vítimas registraram ocorrências. Contra o mineiro, que foi apelidado de “golpista do Tinder” brasileiro, em alusão a série que conta a história de mulheres enganadas pelo israelense Shimon Hayut, que se passava por Simon Leviev, filho do magnata de diamantes Lev Leviev, para cometer fraudes, há cinco crimes em investigação.

São eles: estelionato, ameaça, difamação, lesão corporal e denunciação caluniosa. O suspeito negou os delitos. Todas as informações são do jornal O Globo. Ao noticiar o caso, o diário contou a história de um empresário apelidado de X. Ele contou que conheceu o mineiro em um aplicativo de relacionamento em 2021.

Rafael Correa dizia que era herdeiro e administrador das fazendas da família em Frutal, na região do Triângulo Mineiro. Ele ainda ostentava roupas de grife e viagens em primeira classe para lugares paradisíacos.

O empresário engatou um romance Rafael e foi convidado para acompanhá-lo em viagens internacionais. A promessa do mineiro era conseguir descontos em milhas aéreas e, por isso, teria pedido o cartão de crédito do rapaz. As cifras desembolsadas no período do namoro foram grandes.

Mas o empresário desconfiou do golpe e terminou o relacionamento, momento que, segundo ele, começou a ser perseguido. Além disso, denunciou que Rafael começou a utilizar seus dados pessoais e bancários para fazer compras de alto valor aquisitivo pela internet. Depois da denúncia, outras supostas vítimas apareceram nos dois estados, inclusive um outro homem que também afirma que teve os dados utilizados em um golpe.

Nos processos, Rafael se defendeu e negou os crimes. Com relação a X, disse que os dois brigaram por “motivos banais” e garantiu que o financiamento realizado ocorreu com o consentimento do empresário.