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OPERAÇÃO QUE RESULTOU EM 26 MORTES SEGUE EM INVESTIGAÇÃO

A operação que resultou em 26 mortes em Varginha completa seis meses sem que as investigações tenham sido finalizadas e que autoridades informem prazo para conclusão. As apurações correm em sigilo e nenhum detalhe foi divulgado pelas autoridades.

A ação aconteceu no dia 31 de outubro de 2021 e envolveu integrantes da Polícia Militar (PM), inclusive do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O alvo era um grupo suspeito de planejar um assalto a banco, com o qual foi apreendido armamento de guerra.

Nenhum suspeito sobreviveu. Entre os integrantes das forças de segurança, não houve feridos. Na época, os policiais foram elogiados e chamados de heróis pelo governador Romeu Zema (Novo). Por outro lado, especialistas apontavam falta de transparência e cobravam investigação da conduta dos profissionais.

Além do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, o caso é apurado pela PM, Polícia Civil, Polícia Federal (PF) e PRF.

Em novembro do ano passado, quando a operação completou um mês, laudos periciais eram aguardados para a finalização das investigações. Cento e cinquenta dias depois, autoridades ainda esperam resultados de análises.

No âmbito da PM, foi instaurado um procedimento para avaliar a conduta dos policiais. “Conforme previsto na legislação processual castrense, o Inquérito Policial Militar (IPM) ainda está no prazo de conclusão, aguardando laudos periciais”, limitou-se a informar a corporação por meio de nota.

Parede de chácara alvo de operação ficou cravejada de tiros em Varginha — Foto: Marcelo Rodrigues / EPTV

Parede de chácara alvo de operação ficou cravejada de tiros em Varginha — Foto: Marcelo Rodrigues / EPTV

A reportagem também perguntou sobre o andamento da apuração, mas a polícia não detalhou as medidas tomadas no último semestre.

O mesmo questionamento foi feito à Polícia Civil, mas, da mesma forma, não houve respostas sobre a fase atual dos trabalhos nem sobre a eventual relação dos suspeitos com outros crimes. A única informação divulgada é que a investigação segue em andamento, em parceria com o Ministério Público. “Outras informações serão repassadas quando da conclusão das apurações”, afirmou em nota.

O MPMG, por sua vez, apontou a complexidade do caso como motivo para os trabalhos ainda não terem sido findados.

“Há procedimentos investigatórios instaurados no âmbito da Polícia Federal, Polícia Civil e Ministério Público, os quais se encontram em andamento, com a realização de diligências visando à completa apuração das circunstâncias dos fatos, e, em razão da complexidade do ocorrido, não foram concluídos ainda”, disse a Promotoria de Justiça.

 

Já a PRF disse apenas que “está em curso um procedimento de Investigação Preliminar Sumária que está dentro do prazo legal e em andamento em Brasília”.