OMS: VARÍOLA DO MACACO NÃO DEVE SE TORNAR PANDEMIA
Rosamund Lewis, a principal especialista em varíola dos macacos da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que não espera que as centenas de casos relatados até o momento se transformem em outra pandemia, mas reconheceu que ainda há muitas incógnitas sobre a doença, incluindo como exatamente ela está se espalhando e se a suspensão da imunização em massa contra a varíola décadas atrás pode de alguma forma estar acelerando sua transmissão.
Mas o sinal é de alerta no Brasil. Segundo noticiou “O Globo”, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) monitora o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos identificado em um paciente de Porto Alegre (RS). Segundo a otificação, obtida pela reportagem, o possível infectado é um homem que chegou ao Brasil de Portugal no último dia 10. Na manhã desta segunda-feira, completa a publicação, o paciente passará por uma consulta e terá o material coletado para que sejam feitos os exames.
Em uma sessão pública nesta segunda-feira, 30, Rosamund Lewis, da OMS, disse que é fundamental enfatizar que grande parte dos casos vistos em dezenas de países em todo o mundo são entre gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens, para que os cientistas possam estudar mais a questão e que as populações em risco tomem precauções.
“É muito importante descrever isso porque parece ser um aumento em um modo de transmissão que pode ter sido pouco reconhecido no passado”, disse Lewis, líder técnico da OMS sobre varíola.
Ainda assim, ela alertou que qualquer pessoa corre risco potencial de contrair a doença, independentemente de sua orientação sexual. Outros especialistas apontaram que pode ser acidental que a doença tenha sido detectada pela primeira vez em homens gays e bissexuais, dizendo que pode ela se espalhar rapidamente para outros grupos se não for controlada. Até o momento, a OMS disse que 23 países que antes não tiveram registros de varíola dos macacos relataram mais de 250 casos.