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MG TERÁ LABORATÓRIO DE REMÉDIOS PARA DOENÇAS RARAS

Os portadores de patologias incomuns receberam nesta terça-feira (28 de fevereiro), Dia Mundial das Doenças Raras, uma boa notícia. É que o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, terá o 1º laboratório para terapias de doenças raras de todo o Brasil. No loca,, serão produzidos medicamentos feitos por terapia genética para tratamento de doenças como a Síndrome de Dravet.

A enfermidade, considerada “progressiva e incapacitante”, é caracterizada por eplepsia grave e resistente aos tratamentos existentes. Entre as consequências da doença estão déficits cognitivos, problemas motores e características do autismo. Para implantação da estrutura serão investidos R$ 2 milhões pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que integra o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 

Segundo a UFMG, atualmente o Sistema Único de Saúde (SUS) não conta com a terapia específica para esse tipo de doença, mas, apenas, com um conjunto de medicamentos de outros tratamentos e que ajudam a combater os sintomas. Com isso, a expectativa é que, quando concluído, o laboratório colabore com o combate a estas síndromes na saúde pública.

De acordo com o subcoordenador do laboratório, Vinícius Toledo Ribas, que é professor do Departamento de Morfologia do ICB, a infraestrutura do laboratório trará uma série de benefícios agregados para além da produção destes remédios.

“Além da produção de terapias que têm altos impactos para a saúde pública e para a sociedade, incluindo elevados custos para o SUS [atualmente, as terapias para doenças como a Síndrome de Dravet precisam ser importadas], a plataforma deve funcionar como celeiro para formação de recursos humanos nessa área específica”, garante.

País tem 13 milhões de portadores de doenças raras

Para ser considerada rara, uma doença precisa afetar no máximo 65 pessoas a cada 100 mil habitantes, sendo que existem entre 6 e 8 mil tipos diferentes destas patologias. O Dia Mundial das Doenças Raras foi criado com o intuito de “sensibilizar a área da saúde, a população em geral e os governantes, sobre a existência e os cuidados necessários com essas doenças”.

O Ministério da Saúde estima que existam, somente no Brasil, cerca de 13 milhões de indivíduos que sofrem destas doenças raras, sendo que 80% dos casos têm vínculos genéticos. Entretanto, as causas e origens dessas enfermidades ainda não foram descobertas em suas totalidades, já que elas também podem ter relação com infecções bacterianas, virais, alérgicas e, até mesmo, ambientais.