PRESIDENTE DA PETROBRAS É DEMITIDO
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi comunicado nesta terça-feira (14/5) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que não está mais à frente da estatal. A informação foi noticiada pela colunista do jornal “O Globo”, Malu Gaspar.
Prates se despediu da equipe nesta tarde. Inicialmente, Lula chegou a convidar Aloizio Mercadante, que atualmente preside o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), mas o cargo ficará com Magda Chambriard que foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, durante a gestão de Dilma Rousseff (PT).
Em nota à imprensa, a Petrobras confirmou que recebeu de Prates o pedido para que o conselho da empresa encerre o mandato dele na presidência da estatal.
Nesta segunda-feira (13/05), a Petrobras anunciou lucro de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 38% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa anunciou o pagamento de R$ 13,4 bilhões em dividendos a seus acionistas.
Foi um trimestre conturbado, tanto do ponto de vista operacional quanto político: a estatal passou parte do período com elevadas defasagens nos preços dos combustíveis e sob ataque de ala do governo contrária a Prates.
A gestão Prates passou semanas sob ataque de alas do governo após a retenção dos dividendos referentes ao quarto trimestre de 2023, decisão tomada em Brasília contra a vontade da direção da estatal. Lula decidiu recuar e aprovou o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários, como havia sugerido a empresa inicialmente, e Prates ganhou sobrevida no cargo.
As ações da empresa reagiram e recuperaram as perdas durante a crise. No balanço de 2023, o governo cedeu e aprovou a distribuição de R$ 22 bilhões em dividendos extraordinários da Petrobras. O valor aprovado corresponde a 50% do lucro excedente de R$ 43,9 bilhões que havia registrado e retido. Após semanas de idas e vindas, com fortes impactos sobre as ações da estatal, a União não só recuou como recomendou à empresa que avalie a distribuição dos 50% restantes.