DONO DE “PEDALINHO” É PRESO POR ABUSAR DE BEBÊ DE 1 ANO
Um homem, de 47 anos, proprietário dos pedalinhos do Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, foi preso pelo crime de estupro de vulnerável. Segundo o boletim de ocorrência (B.O.), nesse domingo (1/12), o suspeito teria abusado sexualmente de uma bebê, de 1 ano e 9 meses.
De acordo com o relato da mãe, a família (três adultos e duas crianças) estava passeando pelo parque do museu, o ponto turístico mais visitado da cidade. Ao andar de pedalinho, a mãe da vítima começou a se sentir mal por causa do calor e pediu para parar o passeio.
Quando retornou para o ponto de embarque, o dono do pedalinho se dispôs a pegar a menina. Mas, de acordo com o relato das testemunhas e da mãe, ele a segurou pelas nádegas e na sequência passou a mão nas partes íntimas da bebê.
O homem também é suspeito de apertar o seio da mãe da criança após ela desembarcar do pedalinho. Ainda segundo o B.O, ao cometer o abuso, o homem teria dito: “Aqui tem macho. É bom ela ir se acostumando com macho por perto”.
A Polícia Militar (PM) foi chamada pelas vítimas e pelo autor, depois de se sentir ameaçado com falas da família de que o pai da criança está no Rio de Janeiro e “porta fuzil”, segundo ela, “somente em tom intimidatório”.
A PM fez contato com o autor, que afirmou ter gravações do ocorrido, mas, ao verificar as câmeras, nenhuma estava com as filmagens armazenadas. Em sua defesa, o homem disse que o trabalho dele envolve contato físico com as pessoas, negando que tenha praticado qualquer crime. O suspeito ainda afirmou que estaria sendo acusado depois de ter impedido uma criança de entrar no pedalinho sem pagar.
A PM deu voz de prisão a ele, sendo ratificado pelo delegado. Ele foi encaminhado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp).
Contrato rescindido
Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora, uma das administradoras do Museu Mariano Procópio, informou que, “tão logo a direção do museu tomou conhecimento do caso, foi providenciada a rescisão do contrato, e, em breve, haverá um novo chamamento para a retomada do funcionamento dos pedalinhos”. A prefeitura reforçou que “repudia qualquer tipo de abuso sexual”.
O proprietário do pedalinho venceu o último certame em 2022. Ele paga cerca de R$ 1.200 mensais para o museu para prestar o serviço. O vínculo iria até 2025. Com a decisão da prefeitura, o pedalinho está suspenso.