MG CONFIRMA 3ª MORTE POR FEBRE AMARELA
Uma nova contaminação por febre amarela em Minas Gerais foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). O paciente, morador de Extrema, no Sul de Minas, tem 69 anos e está internado em estado grave. A pasta da saúde confirmou a contaminação na última sexta-feira (14/2). O caso se soma a outros dois registrados no período sazonal atual da doença, que vai de junho de 2024 até julho de 2025.
O paciente afirmou que foi vacinado pela doença, mas a informação não foi confirmada no cartão de vacina. Esse é o segundo caso registrado no município de Extrema, o primeiro foi de um homem de 21 anos, que veio a óbito. O paciente residia em Bragança Paulista, em São Paulo, mas foi atendido no município do Sul de Minas, onde morreu.
O local provável de infecção (LPI) segue em investigação pelos estados de Minas Gerais e São Paulo. O outro caso confirmado de febre amarela do atual período sazonal é de um homem de 65 anos, de Camanducaia, no Sul de Minas. O homem começou a apresentar sintomas em 21 de dezembro e a suspeita é que a contaminação tenha acontecido no sítio do paciente. O caso foi notificado pelo Governo de Minas no dia 7 de janeiro.
Ainda em 2025, a pasta da saúde confirmou dois casos de febre amarela em macaco nos municípios de Toledo e de Poços de Caldas, ambos no Sul de Minas. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, a vigilância epidemiológica foi reforçada, principalmente naquela região.
“As equipes da SES-MG adotaram ainda estratégias como busca ativa de não vacinados, capacitação de profissionais para identificação de casos e campanhas de conscientização”, reforça a pasta em nota.
Em seu ciclo silvestre, a febre amarela é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes e, no urbano – não detectado desde 1942 – pelo Aedes aegypti, que provoca também a dengue, a zika e a chikungunya.
Vacinação como principal proteção
A pasta reforçou que a principal forma de prevenir a febre amarela é a vacinação. O imunizante para a doença está disponível em todas as unidades básicas de saúde do estado. De acordo com a Secretaria de Saúde, o esquema vacinal em crianças menores de cinco anos de idade compreende duas doses, sendo a primeira dose aos nove meses de vida e uma dose de reforço aos 4 anos de idade.
Para as pessoas entre 5 e 59 anos de idade, que não foram vacinadas, a recomendação da pasta é a administração de uma dose única. Caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose do imunizante antes de completar 5 anos, a indicação é que uma dose de reforço seja administrada, independente da idade atual.
De acordo com a Secretaria de Saúde, as pessoas com 60 anos ou mais poderão ser vacinadas depois de uma avaliação das condições de saúde e existência de possíveis contra indicações à vacinação.
Quem vai realizar uma viagem para local com evidência de circulação do vírus ou viajantes internacionais, que não tenham se vacinado, devem administrar uma dose do imunizante com, pelo menos, 10 dias de antecedência da viagem. As pessoas que já tomaram duas doses antes dos 5 anos ou uma dose depois dos 5 anos não precisam se vacinar novamente pois a imunização deve durar pra vida toda.
Ampliação da vacinação
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e todos os secretários Municipais de Saúde, na Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde em Minas Gerais (CIB-SUS/MG) pactuaram, no dia 6 de fevereiro, a ampliação da vacinação contra a febre amarela nesse período sazonal, com intuito de prevenir casos graves e óbitos.
Para isso, o Governo de Minas anunciou o investimento de R$ 210,7 milhões entre 2025 e 2026 no Programa Mineiro de Imunizações em ações que buscam ampliar as coberturas vacinais de todas as vacinas no estado.
Em 2024, a cobertura vacinal em crianças abaixo de 1 ano contra febre amarela ficou em 87,46%, segundo painel do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (Demas). O índice ficou abaixo da meta de 95%.