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MINEIRA DE 25 ANOS É A JUÍZA FEDERAL MAIS NOVA DO PAÍS

Ex-aluna da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e mineira de Inhapim, na região leste de Minas Gerais, Luísa Militão Vicente Barroso se tornou a juíza federal mais jovem do Brasil, assumindo o cargo aos 25 anos.

Apenas quatro anos após se formar no curso de direito, Luísa assumirá o posto de juíza no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília.

Dedicação aos estudos

Quando tinha 16 anos, a agora juíza deixou a cidade natal para fazer o ensino médio no Colégio de Aplicação da UFV (Coluni/UFV). No ano seguinte, ingressou na universidade com uma rotina rigorosa de estudos, tanto para a formação quanto para se preparar para concursos públicos.

Antes da nomeação ao TRF1, Luísa foi aprovada em um concurso para promotora de justiça no Ministério Público da Bahia (MPBA) e também na Defensoria Pública de Minas Gerais.

Em outubro de 2024, ela tomou posse na magistratura, após um ano e meio de processo seletivo.

Nas redes sociais, Luísa escreveu que ser juíza federal é a “realização do sonho de uma vida”.

Conciliação de atividades

Após a formatura, aos 21 anos, Luísa conciliava os estudos para concursos com o trabalho na Promotoria de Justiça de Inhapim.

A mineira teve desempenho positivo nas duas primeiras provas do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e na Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), mas não avançou para as fases seguintes.

Em uma nova “estratégia” de estudos, ela se dedicou oito horas por dia em videoaulas, de segunda a sexta-feira, com simulados das provas nos finais de semana.

Em maio de 2022, me casei e me mudei para Vitória da Conquista, na Bahia. Inicialmente, estava um pouco perdida com tantas mudanças”.

— escreveu nas redes sociais.

Insistência marcou trajetória

Antes de ser aprovada, a mineira teve algumas frustrações e contratempos. No concurso do MPBA, por exemplo, o pouco tempo de carreira prática foi um empecilho para Luísa.

No exame do TRF1, também não passou sem dificuldades. A jovem precisou pedir um recurso na fase de sentença criminal por conta de 0,57 ponto.

Ela relata que, quando foi reprovada na sentença criminal, sentiu “um grande vazio”. “Foi o meu pior momento na trajetória dos concursos. Toda a resiliência até ali caiu por terra”, escreveu.

Com o resultado aceito pela banca, ela seguiu para a prova oral e acabou sendo aprovada em segundo lugar, se tornando a mais jovem magistrada do país.