AMADO BATISTA FAZ SHOW HOJE EM ALTEROSA
O cantor Amado Batista é a atração principal da Festa do Peão de Alterosa, na noite deste sábado (23). Com 44 anos de carreira e diversos sucessos consagrados, o show promete arrastar uma multidão vinda de toda a região.
Nas quatro décadas de carreira, Amado passou a fazer parte da cultura brasileira ao criar sua própria fórmula musical. Ele uniu no meio dos anos 1970 a sonoridade das modas de viola, o apuro melódico da Jovem Guarda, o viés popular da música brasileira e escreveu letras em forma de crônicas, com as quais todo mundo se identifica, o que lhe confere também um quê de Bob Dylan brasileiro.
A força de suas canções superou todas as tempestades musicais que o mercado passou desde então. Tanto que o repertório de “Amado Batista – 44 Anos” traz hits de todas as fases, desde o primeiro, “Desisto”, de 1977, lançado inicialmente em compacto.
Da mesma década, “O Fruto do Nosso Amor (Amor Perfeito)” ganha versão repaginada na estrutura de arranjo de cordas, piano e banda escolhidos para o trabalho, que resultam no que Rick se refere a um “som espetacular”.
Dos anos 80, “Seresteiro das Noites”, “Chance”, “Mulher Carinhosa”, “Ex-Amor” e “Folha Seca”. As duas últimas trazem Jorge, da dupla Jorge e Mateus, e Simone e Simaria como convidados, respectivamente.
“É a música da vida da minha mãe (‘Folha Seca’). Ela chora toda vez que a escuta. Tenho certeza que do jeito que foi gravada todo mundo vai sentir a mesma emoção que minha mãe sente nela”, diz Simone.
Jorge igualmente reverencia o convite: “Ele é um dos maiores ícones da música brasileira. E ainda pude cantar uma música que gosto muito (‘Ex-Amor’)”.
Da década de 90 o CD/DVD tem o imenso sucesso “Princesa”, “Amar Amar”, “Quem Foi o Ladrão”, “Não Quero Falar com Ela” e mais duas com convidados e amigos. Junto a Moacyr Franco, visivelmente emocionado, canta “Madrugada na Cidade”. Com Kell Smith, fazem dueto na linda “Separação”. “Foi uma emoção enorme”, disse Kell ao sair de cena após a parceria.
Já do repertório do novo milênio, Amado canta “Estou Só”, “Alucinação” e “Solidão Sem Fim”. Só que além da visita à obra, ele abre o trabalho com três inéditas, que no meio da contagem geral entram para a conta de clássicos instantâneos. Melhor exemplo é o primeiro single, “Golpe Fatal”, que abre a apresentação. Os outros dois lançamentos vem logo na sequência, “Larga Tudo e Vem Correndo” e “Amor”.
No final de seu 40º lançamento, Amado cede a última canção para o filho, Rick Batista, que mostra uma pegada romântica em “Da Porta Para Fora”.