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ANVISA APROVA USO DA SPUTINIK V E COVAXIN CONTRA A COVID

As vacinas Sputnik V, feita na Rússia, e Covaxin, fabricada na Índia, tiveram sua importação aprovada nesta sexta-feira (4) pelos técnicos da Anvisa. A autorização dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem caráter restrito, excepcional e temporário, e envolve também a distribuição do imunizante.

Os técnicos da entidade autorizaram a compra dos imunizantes somente em quantidades que correspondam a 1% da população. Outra condicionante imposta é que sejam assinados termos de compromisso entre os compradores (governo federal ou estadual) e os fabricantes.

Critérios como segurança, eficácia e qualidade das vacinas não foram avaliados pela entidade brasileira. Ambas vacinas haviam tido pedidos de liberação negados anteriormente pela agência devido à falta de dados objetivos sobre esses quesitos. O pedido de importação de 20 milhões da vacina indiana foi feito pelo governo federal. A solicitação de compra do imunizante russo foi formalizada em pedido assinado por alguns governadores do Nordeste.

Durante a extensa reunião, que durou mais de sete horas, os diretores ressaltaram por diversas vezes que o uso das vacinas hoje aprovadas precisa ser controlado, de forma a minimizar o risco de exposição da população. “Há incertezas técnicas ainda presentes,  mas tendo em vista o cenário da pandemia, recomendamos adoção de condicionantes, como condições controladas de uso e estudos de efetividade discutidos”, avaliou o gerente geral de medicamentos e produtos biológicos da entidade, Gustavo Mendes.

A vacina indiana é fabricada pela empresa Bharat Biontech, enquanto o imunizante feito na Rússia é desenvolvido pelo Instituto Gamaleya. Essa vacina russa foi alvo de interesse de compra de algumas cidades mineiras, como Belo Horizonte e Betim.

As autorizações foram emitidas com base na lei 14.124/21, espécie de atalho que flexibilizou a análise de importação de imunizantes. Desde então, vacinas aprovadas em outros países, mas sem registro brasileiro, podem ser avaliadas pela Anvisa.

Via O Tempo