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BRIGA POR POLÍTICA ACABA EM CONFRONTO COM A POLÍCIA

Uma briga generalizada entre militantes políticos resultou em duas pessoas presas e quatro feridas, incluindo um policial militar, na noite deste sábado (29) após confronto com a PM na Praça Central de Cordislândia (MG).

Segundo informações apuradas pelo g1, uma carreata com cerca de 300 pessoas a favor da candidata Marlene Fubá (Avante) passava pelo local quando houve uma discussão. Em determinado momento, iniciou-se uma briga com apoiadores de outro candidato, o atual prefeito Odair (PRD), candidato à reeleição.

Momentos depois, a Polícia Militar chegou ao local e fez uso de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Alguns militantes então entraram em confronto com os militares.

Vídeos gravados no local mostram que um dos policiais usa um cacetete contra um dos militantes. No momento em que outros apoiadores chegam para tentar ajudá-lo, o policial saca uma arma e dá tiros para o alto. Enquanto isso, um outro policial, que está com uma escopeta em mãos, dá tiros de borracha para tentar controlar o tumulto.

O que diz o boletim de ocorrência

Conforme relato do boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, no local havia o término de um evento político em que havia uma grande concentração de pessoas, muitas consumindo bebidas alcoólicas e garrafas de vidro quebradas pelo chão.

Com a chegada da PM, parte do público passou a hostilizar os policiais, atirando garrafas contra a equipe. Diante da situação, um policial efetuou disparos de bala de borracha para dispersar a multidão. Durante a ação, também foi feito o uso de gás lacrimogêneo.

Um dos policiais que participaram da ação disse no boletim de ocorrência que foi agredido por duas pessoas com socos, pontapés e arremesso de garrafas, que incitaram os demais presentes contra os militares. Em seguida, uma multidão passou a arremessar garrafas e demais objetos.

Nesse momento, conforme relato do policial, no b.o., ele disparou cinco tiros de borracha com intenção de conter as agressões. Mas, como elas persistiram, ele disparou uma vez com munição real, com uma pistola .40.

No b.o. também consta a versão de um dos detidos na confusão. Ele disse que durante a confusão, a esposa dele caiu no chão devido ao gás lacrimogêno e que, por isso, ele e seu filho inestiram contra a equipe policial. No b.o. consta que ele reconheceu que desferiu um soco no policial.

O b.o. também relata que o homem que foi detido resistiu contra a prisão e precisou ser imobilizado. Os dois, pai e filho detidos e o policial, foram conduzidos ao pronto-atendimento em São Gonçalo do Sapucaí

O que dizem os envolvidos

Em nota, a campanha do atual prefeito e candidato à reeleição Odair (PRD), disse que os militantes do partido foram surpreendidos por membros da oposição e que provocações resultaram em brigas. A nota também diz que a Polícia Militar só chegou após as birgas terminaram e que houve uso exacerbado da força. (Veja abaixo na íntegra)

Nota de Esclarecimento

No dia 28 de setembro de 2024, durante a passeata autorizada a candidata Marlene, que incluiu a passagem pela praça Antônio Penha, fomos informados pelos policiais militares que deveríamos recuar temporariamente para evitar confusão. Atendemos prontamente e aguardamos de forma pacífica no ponto de concentração, como orientado. Após um tempo, os mesmos policiais nos autorizaram a retornar ao local.

Ao chegarmos, fomos surpreendidos por membros da oposição que se dirigiram ao ponto onde estávamos, muitos deles alheios ao propósito pacífico da manifestação. Todos têm o direito de ir e vir, mas o bom senso, infelizmente, não prevaleceu naquele momento. As provocações resultaram em brigas que, até então, não faziam parte do ambiente tranquilo que buscávamos preservar. Vale ressaltar que havia muitas famílias e crianças presentes.

A polícia militar só chegou após as brigas terminarem e com o uso exacerbado da força no qual foi totalmente desnecessário e inapropriado para a situação, tendo em vista o perfil familiar do evento. Infelizmente, estão tentando distorcer os fatos e criar uma narrativa que não condiz com o ocorrido. A nossa passeata foi pacífica desde o início, e a confusão que aconteceu foi fruto de provocações externas, que lamentavelmente foram manipuladas para servir a interesses políticos.

Reafirmamos nosso compromisso com a paz e o respeito, e repudiamos qualquer tentativa de manipulação dos fatos para prejudicar nossa causa. Não nos deixaremos abalar por essas manobras, pois seguimos acreditando que a verdade prevalecerá.

O que disse a Polícia Militar

Em nota à imprensa, a Polícia Militar informou que os dois autores, de 26 e 54 anos, que agrediram os militares com socos e chutes foram presos em flagrante delito por lesão corporal e resistência. A PM disse ainda que, devido às agressões sofridas, um dos militares sofreu um ferimento no rosto e foi encaminhado para atendimento médico. Na nota, a PM não faz referência aos ferimentos dos outros envolvidos. (Veja abaixo na íntegra)

Nesse sábado (28), por volta das 23:40 horas, a Polícia Militar, por meio de guarnição da 113ª Cia PM/20º BPM, realizava policiamento em um evento político na praça central do Município de Cordislândia-MG, quando os militares foram acionados para intervirem em uma briga generalizada entre candidatos e eleitores.

Os militares tentaram persuadir os perpetradores a cessarem as agressões mútuas no local, contudo, algumas pessoas iniciaram atos hostis, vindo a arremessarem objetos contra os militares, inclusive garrafas de vidro e dois indivíduos ainda agrediram os militares com socos e chutes.

Diante da injusta e atual agressão, os militares utilizaram de força legal e proporcional, repelindo as agressões com instrumentos de menor potencial ofensivo, sendo ainda necessário disparo de arma de fogo em defesa de suas vidas.

Durante a intervenção os militares solicitaram apoio pela rede rádio, tendo comparecido ao local viaturas que deslocaram de São Gonçalo do Sapucaí e Pouso Alegre.

Os dois autores (26 e 54 anos) que agrediram os militares com socos e chutes foram presos em flagrante delito por lesão corporal e resistência.

Devido as agressões sofridas, um dos militares sofreu um ferimento no rosto e foi encaminhado para atendimento médico.