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CAIADO LANÇA PRÉ-CANDIDATURA À PRESIDENTE

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), lança na manhã desta sexta-feira (4) sua pré-campanha à Presidência da República, em evento no Centro de Convenções  de Salvador (BA).

O goiano escolheu a capital baiana para o lançamento de seu nome à corrida presidencial para ampliar a presença no Nordeste, região historicamente favorável ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), provável candidato à reeleição.

Caso consiga levar o nome até o período de registro de candidaturas, esta será a segunda disputa de Caiado pelo Palácio do Planalto. A primeira ocorreu há 36 anos, em 1989, quando Lula também concorreu.

Concorrendo pelo extinto PDN, Caiado ficou em décimo lugar no primeiro turno de 1989, com 488.872 votos (0,68%). A eleição foi vencida por Fernando Collor, do PRN, que também deixou de existir.

Para 2026, Caiado não é nome de consenso no próprio partido, muito menos em toda direita. O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, não tem presença confirmada no evento em Salvador. Parlamentares da ala mais ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são ausências certas.

Outros ausentes foram os três ministros do governo Lula indicados pelo partido ao cargo: Celso Sabino (Turismo), Juscelino Filho (Comunicações) e Waldez Goés (Integração e do Desenvolvimento Regional).

Também não esteve presente o cantor sertanejo Gusttavo Lima. Caiado o queria como candidato a senador por Goiás em 2026. Depois o cantor se colocou como candidato a presidente. Mas, há duas semanas, declarou que não vai concorrer a nada.

Gusttavo Lima, que vinha elogiando Caiado em shows, prometendo “caminhar com ele”, está em Orlando, na Flórida. Em um plano B, o governador de Goiás contava com o sertanejo como vice-presidente em sua chapa.

O evento em Salvador foi organizado por correligionários de ACM Neto, ex-prefeito da capital baiano, e Bruno Reis, atual mandatário de Salvador. Ambos participaram da cerimônia.

Por outro lado, muitos nomes do União Brasil dizem que ainda é cedo para definir o nome a ser apoiado para o Palácio do Planalto. Há aqueles que defendem apoiar um indiciado de Bolsonaro, que está inelegível até 2030.

Assim como tem feito há meses, Caiado disse em entrevista coletiva na quinta-feira (3), na capital baiana, a pluralidade de concorrentes da direita. E reconheceu que o cenário pode mudar completamente até a campanha de 2026.

“A eleição vai ser dia 4 de outubro de 2026. Até lá muita coisa acontece. Na política, um dia é uma eternidade”, afirmou o governador goiano.

Ele disse que o fato de Bolsonaro se colocar como candidato, mesmo inelegível, não atrapalha a direita. E afirmou que o ex-presidente continua sendo “uma carta forte no jogo”. Para ele, a direita se uniram em um eventual segundo turno.