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CASOS DE REINFECÇÃO POR COVID EM MINAS SÃO RAROS

Apesar de rara, a reinfecção por Covid-19 pode acontecer. Essa situação ocorre quando alguém apresenta dois resultados positivos de RT-PCR para o coronavírus com intervalo igual ou superior a 90 dias.

Em Minas, dos 399 casos notificados de reinfecção até agora, 125 (31,33%) foram em Belo Horizonte, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Desse total, 174 (43,61%) estão sendo investigados, sendo 57 deles (32,76%) na capital; quatro foram descartados, e apenas um foi confirmado, em Sabará. Outros 220 (55,13%) foram encerrados como inconclusivos.

Segundo o epidemiologista do Hermes Pardini José Geraldo Ribeiro, a reinfecção só pode ser confirmada se houver acesso ao material genético nas duas ocasiões. “Uma reinfecção só pode ser comprovada quando há condições de você sequenciar e caracterizar o primeiro vírus, havendo material, e depois sequenciar e caracterizar o segundo vírus”, explica.

De acordo com a SES-MG, nesses casos, as duas amostras positivas no RT-PCR são encaminhadas à Fundação Ezequiel Dias (Funed), responsável por fazer o sequenciamento genético para avaliar se o vírus da primeira infecção é diferente do da segunda.

“Neste caso, serão observadas mutações genéticas que diferenciarão ou não os vírus. No entanto, pode haver mudanças ao longo do tempo, dependendo das diretrizes do Ministério da Saúde”, informa.

Caso não haja a disponibilidade das duas amostras, a análise não poderá ser feita. O último balanço do Ministério da Saúde mostra que, dos 37 casos de reinfecção registrados no país em 12 Estados brasileiros, até o dia 10 de julho, 24 deles (64,86%) foram identificados pela variante gama (P1) na segunda infecção.

Para o médico imunologista e professor da UFMG Mauro Teixeira, o número de casos inconclusivos no Estado mostra que o risco de reinfecção no cenário mineiro é pouco importante.

“A reinfecção é coisa rara, especialmente aquela sintomática. Quando há casos, a secretaria tem que ir atrás para fechar o diagnóstico. Mas acho que temos poucos casos, e isso é irrelevante. Para quem trabalha com infecção, os casos de reinfecção não são problema. O problema é a infecção e as mortes que elas causam. Por isso, temos que evitá-la e vacinar as pessoas. Quem já teve a doença tem uma proteção relativa contra o vírus”, afirma ele.

Via O Tempo