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CIENTISTAS CRIAM ANTICONCEPCIONAL MASCULINO

A pílula anticoncepcional masculina está mais perto de se tornar realidade. Desta vez, cientistas da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos publicaram, na última terça (14/2), um estudo de um medicamento que impede que o espermatozoide nade até o óvulo, evitando a fecundação.

Segundo o estudo, financiado pela agência do governo norte-americano dedicado à investigação na área da biomédica e saúde pública (US National Institutes of Health), o anticoncepcional atua inibindo ou bloqueando temporariamente uma proteína denominada adenilato ciclase, que, em falta, impossibilita que os espermatozóides nadem até o óvulo.

Até momento, o medicamento foi testado somente em ratos. Durante o estudo, os cientistas observaram que uma única dose do medicamento foi capaz de mobilizar os espermas antes, durante e depois do acasalamento. O efeito durou cerca de três horas e, após 24h, não havia mais vestígio do remédio no organismo dos animais. Além disso, nenhuma camundongo que participou do experimento ficou grávida.

De acordo com os pesquisadores, uma das vantagens do anticoncepcional masculino é que o medicamento não envolve hormônios, ao contrário da pílula para mulheres, minimizando os efeitos colaterais.

O estudo indica também que, caso a pílula anticoncepcional masculino se torne realidade no futuro, os homens deverão tomar um comprimido uma hora antes da relação sexual, já que seu efeito é temporário.

Apesar dos resultados promissores, os cientistas relatam no estudo que há uma distinção importante entre a reprodução das cobaias e a dos humanos: a anatomia feminina. “Em camundongos, não há barreira física entre a vagina e o útero, e o sêmen depositado na vagina avança sem impedimentos”, diz o artigo. Além disso, antes do medicamento ser testado em humanos serão realizados novos testes em coelhos.