COLHEITA DE GRÃOS DEVE RECUAR 1,3% EM 2021, PREVÊ IBGE
A colheita total de grãos deve alcançar 250,9 milhões de toneladas em 2021, uma queda de 1,3% em relação a produção recorde do ano passado (254,1 milhões), divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (7).
Em relação ao mês anterior, o instituto cortou a previsão da safra em 752,5 mil toneladas, em meio a um ano marcado por prejuízos nas lavouras em função de problemas climáticos.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também divulgou nesta quinta a estimativa para a próxima safra, que deve ter recuperação e ser recorde. Mas, diferentemente do IBGE, que leva em conta o ano civil, a Conab calcula a safra com base no ano agrícola, que vai de junho a julho.
Feijão e arroz
Dentre os grãos mais comuns na mesa do brasileiro, a estimativa é de que o feijão tenha uma queda de 5,6% na produção, para 2,7 milhões de toneladas, enquanto a colheita de arroz deve crescer 4,4%, para 11,5 milhões de toneladas.
O feijão tem um ciclo de cultivo relativamente curto, quando comparada a outras culturas, o que o deixa muito sensível ao clima, principalmente, à falta de umidade em determinadas fases, como é o caso da floração e enchimento de grãos.
Além disso, a restrição de chuvas durante a época da segunda safra prejudicou as lavouras, afirma o IBGE.
Os estados com maior participação na estimativa da produção de feijão foram Paraná (20%), Minas Gerais (19,9%) e Goiás (11,4%).
Principais produtos
O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos dos grãos estimados pelo IBGE, representando 92,4% da da produção e 87,7% da área a ser colhida.
Em relação a 2020, houve acréscimos de 6,1% na área do milho (1,4% na primeira safra e 7,8% na segunda) e de 4,8% na área da soja. Por outro lado, houve declínios de 16,0% na área do algodão herbáceo e estabilidade na área do arroz.
Na produção, houve altas de 10,3% para a soja – que deve chegar ao recorde de 134,0 milhões de toneladas. Já para o algodão herbáceo estima-se queda de 17,5% e, para o milho, recuo de 16,4%, sendo -3,2% na primeira safra e -21,0% na segunda.