COMPRAR PRESENTES NO NATAL É IMPORTANTE PARA 57% DOS MINEIROS
Mesmo com o cenário econômico de aperto e a inflação crescente, a maioria dos mineiros não dispensa o ritual de presentear no Natal. Para 57% dos entrevistados pela pesquisa DATATEMPO, comprar presentes é importante ou muito importante, e 55,4% dos mineiros pretendem presentear amigos e família.
“Criança fica esperando por isso, elas te pegam de jeito. Mas é só uma lembrancinha mesmo, presente eu deixo para os aniversários, que vão de janeiro a dezembro. Vou gastar até R$ 100 com tudo”, diz. Outra avó que não resiste a presentear é a empregada doméstica Maria Aparecida Nascimento, 56: “Saí do trabalho mais cedo e vim pesquisar os preços para o presente da netinha, mas tudo está mais caro. Para os meus dois netos mais velhos, eu dou R$ 100 todo ano e vou dar de novo, só que agora o dinheiro vale menos”, conta.
A cientista política e analista de pesquisa do DATATEMPO Jaqueline Resmini Hansen lembra que o consumo no Natal é carregado de simbolismo familiar, e os presentes se tornam uma forma de reforçar esse laço. Ela também pondera que apenas 2,6% dos entrevistados que recebem 13º planejam dedicar a renda extra aos presentes de Natal – sinal de que os mimos são um gasto considerado rotineiro, e não extra, no final do ano dos mineiros, mesmo na atual conjuntura econômica.
“Os dados mostram que 52,8% dos entrevistados pretendem presentear as pessoas mais próximas, como os pais e filhos. Isso indica que, para os mineiros, o Natal é uma tradição familiar forte e que mobiliza confraternizações. A troca de presentes pode ser vista como uma maneira de expressar a importância que a família ocupa no imaginário do mineiro, uma forma de agradecer pelo ano vivido em conjunto”, avalia a especialista.
A pesquisa DATATEMPO mostra que apenas 2,6% dos mineiros vão comprar presentes para todos os conhecidos, enquanto a maior parte dos entrevistados, 52,8%, vai comprar somente para os mais próximos. Há também 42,5% de mineiros que consideram comprar presentes de Natal para amigos e família nada importante, e 43,8% que não comprarão para ninguém.