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CRIMINOSOS USAM REDE SOCIAL PARA APRIMORAR GOLPES

Quem depende da rede mundial de computadores para afazeres do dia a dia fica perdido no meio de tanta informação e já não sabe o que é verdade ou mentira. ??Alexandre Atheniense, advogado especialista em direito digital, tem um livro sobre golpes na internet onde ele mapeou 40 tipos diferentes.

Ele explica os mais comuns, o que fazer ao cair e como evitá-lo em tempos que os golpes com a inteligência artificial ficaram mais sofisticados — com a possibilidade, por exemplo, de uma pessoa fazer um site muito parecido com o original para doações e com a aparência Idêntica

“A elaboração dos conteúdos desse site com a inteligência artificial fica muito melhor. Dá aquela aparência de originalidade que, na verdade, não tem. Também IA está sendo utilizada para praticar golpes chamados deep fake. Esses usam programas emque você pode clonar a voz da pessoa. Por exemplo, pode gravar a voz durante 30 segundos e, segundos depois, passar um texto para o sistema aplicar a minha voz em cima desse conteúdo. Também há vídeo simulando que a boca está movimentando”, explicou.

E quais são os mais comuns? “O golpe do WhatsApp, o golpe do PIX, o golpe do falso boleto, o golpe da falsa vaga de emprego, o golpe do motoboys que atingem pessoas mais idosas”, acrescentou.

A orientação é: desconfiar sempre e jamais agir por impulso. Mas, caso aconteça, a vítima precisa agir rápido. “Agir assertivamente dará maiores chances de reaver o prejuízo. Hoje, por exemplo, o banco central já criou um serviço chamado “MED” que você pode bloquear ou reaver o seu dinheiro que foi transferido por PIXs”, informou.

O primeiro passo é preservar a prova. “Ou seja, documentar todas as etapas daquela comunicação mantida com o golpista e imediatamente procurar um advogado com essa prova preservada para que ele tome no menor tempo possível as medidas judiciais necessárias para poder fazer é a recuperação do valor perdido”, disse.

Dados divulgadas por uma coalizão internacional que combate golpes de engenharia social na internet já apontam que o ano de 2023 foi o de maior circulação de conteúdos falsos, período em que justamente se popularizaram o chat GPT e também a inteligência artificial.