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ESCOLAS RESTRINGEM USO DE CELULAR

O uso de celulares está cada vez mais restrito em escolas de Poços de Caldas (MG). Esta medida busca um equilíbrio entre a tecnologia e o ambiente de aprendizado. Em algumas instituições, os alunos só recebem o aparelho no fim da aula ou com a presença de um responsável.

Em algumas escolas particulares da cidade, os celulares devem ficar desligados. Eles são colocados em uma caixa ou mantidos nas mochilas. Cada sala tem seu local de armazenamento. O uso pode ser liberado no intervalo ou então apenas no final da aula.

Já na rede pública municipal de ensino, pelo menos duas escolas de Poços de Caldas já proibiram o uso do celular. Quando o aluno leva o aparelho, a gestão recolhe e só devolve para os pais ou responsáveis.

Esta é uma tendência natural de cada escola, porque conforme a Secretaria Municipal de Educação, cada unidade estabelece suas regras de acordo com sua realidade. Atualmente não há nenhuma regra em âmbito geral na cidade.

Quanto à rede estadual, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) ressalta que o uso de aparelhos celulares nas escolas deve ser exclusivo com finalidade pedagógica e assuntos inerentes ao contexto educacional. Uma cartilha foi criada em 2022 para orientar sobre o tema.

A SEE-MG também afirma que o uso de aparelhos celulares é regulamentado pela Lei Estadual nº 23.013, de 2018, que versa sobre a permissão em salas de aula, teatros, cinemas e igrejas.

Impactos dos celulares nas escolas

Recentemente a proibição de uso de celulares entrou em destaque em diversas cidades do Brasil, refletindo uma preocupação crescente sobre os impactos negativos que esses dispositivos podem ter no ambiente educacional.

Mas afinal de contas, por que é tão ruim ter celulares dentro de sala de aula? O uso pode ser prejudicial aos alunos e ao aprendizado deles por várias razões.

A psicóloga Michelle Fonseca destaca especialmente a compulsão pelo uso, que pode levar a diversas consequências negativas, como ansiedade, dificuldades de concentração, problemas de sono e interferências nas interações sociais, afetando assim o desempenho escolar.

Essa ferramenta foi pensada para que tenha uma linguagem dos alunos, toda essa evolução digital, mas que na prática observamos que não está funcionando ao modo que a gente esperava.

Ela ainda relembra a impossibilidade de eliminar a tecnologia do mundo, mas que é necessário encontrar um equilíbrio, especialmente ao pensar no desenvolvimento infantil e na importância do brincar criativo, que pode ser prejudicado pelo excesso de estímulos tecnológicos.

“É um debate muito atual. Principalmente, começou-se a debater esse assunto com a pandemia, onde a gente acelerou alguns processos de digitalização, mas é algo que ainda tem que se discutir, principalmente porque a gente não vai ter como se livrar dessa tecnologia que está no nosso mundo, mas encontrar um equilíbrio”, completa.