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FORÇAS DE SEGURANÇA IRÃO PARAR NESTA SEGUNDA-FEIRA EM MG

O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Rodrigo Sousa Rodrigues, liberou, neste sábado (19), a participação de militares da ativa nos protestos contra o governador Romeu Zema (Novo), marcados para esta segunda (21), em Belo Horizonte e em diversos municípios do interior do Estado. Na capital mineira, o ato acontece a partir de 9h, na praça Rui Barbosa (Praça da Estação), no hipercentro da cidade.
O movimento impõe um desafio político ao governador Zema, que disputa a reeleição. Até a publicação desta reportagem, ele não se manifestou.
Por meio de nota, Rodrigues afirmou que “se mantém, diuturnamente, engajado na defesa dos interesses e direitos da corporação”.
“Trata-se de um evento legítimo, inclusive com a participação de quem ombreia na ativa ou ombreou o bom combate e estabeleceu alicerces para estarmos onde estamos”, afirmou o militar.
Ainda na nota, o comandante-geral afirma que o protesto deve ser pacífico, para que “nenhuma ação retire o brilho do respaldo que a nossa instituição conquistou até hoje”.
“Continuaremos em franca negociação com o governo do Estado, que já reconheceu nossas perdas inflacionárias e busca soluções para a reposição da remuneração da tropa, que tem se desdobrado, inclusive na pandemia, para que o estado continue a ser referência em segurança pública”, disse Rodrigues.
O comandante-geral termina seu comunicado à tropa pedindo “que Deus nos abençoe”.
O militar assumiu o comando-geral da PM mineira em junho de 2020, após ocupar os cargos de chefe do Gabinete Militar e Coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais.
Outra nota
Uma segunda nota da corporação, desta vez assinada pela assessoria de imprensa da PM, divulgada na manhã deste domingo (20), afirma que o documento do comandante-geral “tem como objetivo trazer tranquilidade para a população”.
“O comando da PM reconhece que a manifestação é legítima, inclusive prevista na Constituição Federal, e pede aos policiais militares da ativa, que estejam de folga e de férias, e os da reserva, para que o ato seja pacífico e não traga nenhum transtorno para o povo mineiro, que tem a instituição como seu patrimônio”, afirma a nota.
Recomposição salarial
O ato dos policiais militares de Minas Gerais tem como objetivo pressionar o governador Zema para cumprir um acordo que fez com a categoria para recompor perdas inflacionárias dos vencimentos de policiais militares, civis e penais, bombeiros militares e agentes, no fim de 2020.
O Projeto de Lei 1.451 de Zema, enviado à Assembléia Legislativa, previa uma recomposição de 41% para a remuneração desses profissionais da área de segurança, dividida em três parcelas, com 13% em julho de 2020, 12% em setembro de 2021 e 12% em setembro de 2022.
Pelos cálculos de lideranças do movimento, a previsão é de que entre 10 mil e 20 mil servidores participem da manifestação em Belo Horizonte.
Via Folha Regional