GOVERNO QUER PADRONIZAR PEDÁGIOS ELETRÔNICOS EM 5 ANOS
Representantes do Ministério dos Transportes, das secretarias de trânsito e de infraestrutura dos estados e das empresas que operam o setor de transportes no Brasil se reuniram nesta sexta-feira (7), em Brasília, para discutir as regras que serão adotadas na modalidade que vem sendo chamada de “free flow” (fluxo livre, em português) para cobrança de pedágios.
Nesta sexta, o governo federal publica uma consulta pública para que a população e entidades do setor de transportes possam opinar sobre o sistema que ainda está em testes pelo Brasil.
A tecnologia permite que o motorista passe por uma praça de pedágio sem a necessidade de parar para efetuar o pagamento. Por esse sistema, as tarifas são cobradas de forma eletrônica, por meio de tags nos carros ou pela leitura da placa do veículo. Com isso, o usuário pode concluir o pagamento em até 30 dias.
Segundo o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, a ideia é que o novo sistema, rebatizado de pedágio eletrônico, seja aperfeiçoado e esteja totalmente em operação no Brasil em até cinco anos.
Em Minas Gerais, o primeiro pedágio sem cancela começou a funcionar no Sul do Estado. O equipamento está instalado na MG-459, no km 12,7, perto de Monte Sião. A iniciativas semelhantes em outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Pagamento diferenciado
Entre as diretrizes que estão sendo estudadas pelo Ministério do Transporte estão a possibilidade de que o motorista pague o pedágio por quilômetro rodado. Ou seja, a cobrança feita na praça de pedágio seria proporcional. Segundo o secretário-executivo da pasta, a ideia poderá ser implementada a partir da nova tecnologia nos pedágios eletrônicos.
“Hoje a gente cobra pedágio independentemente da quilometragem que o usuário faz. Com a implementação do pedágio eletrônico, ele vai pagar pelo que ele usou. Então isso é uma mudança muito significativa. Tem gente que mora logo após o pedágio, então ele anda poucos quilômetros e paga igualmente quem paga 100 km. Então isso não vai acontecer mais e ele vai pagar pelo que usar”, esclarece Santoro.