GRUPO É PRESO POR DIVERSOS CRIMES EM CONCEIÇÃO DA APARECIDA
A Comarca de Carmo do Rio Claro emitiu uma sentença sobre o processo criminal que investigava uma associação criminosa voltada para o tráfico de entorpecentes na cidade de Conceição da Aparecida. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra cinco acusados. A acusação era de tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A investigação
Segundo as investigações, a operação teve início com o cumprimento de mandados de busca e apreensão em residências ligadas aos denunciados, onde foram encontrados diversos tipos de entorpecentes, como LSD, maconha, haxixe, cocaína e crack. Em uma das ações, a Polícia Militar apreendeu 146 pontos de LSD, 105 pinos de cocaína e 33 porções de maconha. O grupo também mantinha materiais utilizados para o preparo e distribuição da droga, como balanças de precisão e pinos vazios prontos para serem preenchidos.
Além das substâncias ilícitas, as autoridades encontraram indícios de que os acusados utilizavam imóveis alugados e financiados com o lucro do tráfico para armazenar e comercializar as drogas. De acordo com a denúncia, F. B. O. era o líder do grupo, responsável pela aquisição dos entorpecentes e pela organização das operações de venda. Ele, inclusive, financiava a locação de imóveis usados para o tráfico e empregava o uso de um adolescente como vigia durante as atividades criminosas.
Lavagem de dinheiro e ostentação
A investigação também revelou um esquema de lavagem de dinheiro, no qual parte dos lucros do tráfico era usada para adquirir bens de alto valor, como uma motocicleta Yamaha XTZ 660 Teneré e um automóvel BMW. Esses veículos, registrados em nome de terceiros, foram adquiridos com a ajuda de L. A. C., quinta denunciada e companheira de F. B. O., que, mesmo sem possuir renda declarada, teria participado da compra dos veículos por meio de consórcios fraudulentos.
Os veículos, avaliados em aproximadamente R$ 77 mil, eram exibidos em redes sociais pelos envolvidos, demonstrando o estilo de vida que levavam graças aos lucros obtidos com a comercialização das drogas. As ações de dissimulação de patrimônio também fazem parte das acusações de lavagem de dinheiro incluídas no processo.
Prisões e julgamento
O grupo foi acusado de crimes relacionados ao tráfico de drogas e associação criminosa, conforme os artigos 33 e 35 da Lei de Drogas, e pela prática de lavagem de dinheiro, de acordo com a Lei 9.613/98. O processo não está sob segredo de justiça e os acusados estão sendo representados por advogados renomados da região.
A sentença foi proferida no dia 08 de novembro de 2024 e segue as investigações que começaram em 2017. As ações da Polícia Militar e do Ministério Público, baseadas em diversas apreensões e flagrantes, resultaram no desmantelamento de uma rede de tráfico que atuava de forma estruturada na cidade.
Via Portal G Mais