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JUSTIÇA DÁ 3 DIAS PARA EXPLICAÇÕES SOBRE LEITOS DE UTI NA SANTA CASA DE PASSOS

A Justiça Federal, por meio do juiz Bruno Augusto Santos Oliveira, determinou, no último sábado, que a União Federal, o Estado de Minas Gerais, o município de Passos e a Santa Casa de Misericórdia apresentem, em 72 horas, as razões que motivaram a diminuição nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis a pacientes com covid-19. O juiz também solicita explicações sobre a omissão quanto à manutenção ou criação de novas vagas reservadas a pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
A determinação é referente à ação popular protocolada na última sexta-feira, 22, pelos presidentes da Associação Comercial e Industrial de Passos (Acip), da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Passos (CDL) e do Sindicato do Comércio Varejista de Passos (SindPass).
As instituições solicitam o restabelecimento do número de leitos para pacientes com covid-19 no município. O objetivo, segundo a ação, é diminuir a taxa de ocupação de leitos, que é um dos critérios para definir as fases no programa Minas Consciente, o que pode possibilitar a saída de Passos da Onda Vermelha, a mais restritiva, e permitir o funcionamento do comércio considerado não essencial.
Conforme a decisão da Justiça, a necessidade de esclarecimento busca a proteção da transparência e da moralidade pública, uma vez que, com a participação de recursos federais e estaduais, a Santa Casa passense poderia atingir o número de 79 leitos de enfermaria e 52 leitos de UTI Covid, e, além disso, haveria a possibilidade de acréscimo da capacidade de atendimento em mais 60 ou 80 leitos com o Hospital de Campanha, localizado no antigo Hospital Otto Krakauer. Outro ponto destacado para elucidação refere-se ao executivo municipal não ter atuado para ativar o Hospital de Campanha.
O advogado das instituições que entraram com a ação, Alexandre Augusto Silva Faria, disse que a determinação da Justiça Federal é positiva.“Vemos que a Justiça está atenta às necessidades da população regional, e quer transparência, uma vez que, sendo viável o acréscimo de leitos, é possível a abertura de vagas. Enaltecemos o trabalho dos profissionais de saúde e, o que percebe-se, talvez, é a falta de olhos das autoridades públicas para o que vem acontecendo em Passos”, disse.
Sobre a possibilidade de novos leitos de enfermaria e UTI -Covid na Santa Casa de Passos, Faria espera que o hospital responda à solicitação positivamente. “Acreditamos que a Santa Casa não se furtará do atendimento, e que responderá positivamente para o juiz, informando que o recredenciamento dos leitos possibilitará o êxito da liminar pleiteada, pois, o que é solicitado, além do acréscimo, é que o Estado e a União colaborem financeiramente com a manutenção destes”, afirmou.
De acordo com o diretor administrativo da Santa Casa, Daniel Porto Soares, no início da pandemia foi reservada
100% da capacidade de UTI para tratar a COVID, medida que mais tarde foi considerada errada e no final do ano foi feito um reposicionamento dos leitos para que outras enfermidades tenham condições de ser atendidas.
Fonte: Folha da Manhã