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LULA IRONIZA PREFEITOS DURANTE ENCONTRO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou previsões econômicas baixas para o Brasil na gestão dele à frente do Palácio do Planalto. Ele afirmou que o país superou as projeções e pediu que entidades não falem mais “bobagem” sobre as expectativas para 2025.

“Vocês se lembram que quando eu tomei posse, o FMI [Fundo Monetário Internacional] dizia ‘o Brasil só vai crescer 0,8%’. Nós crescemos 3,2%. Depois dizia que nesse ano ‘o Brasil só vai crescer 1,5%’. Nós vamos crescer 3,7% E não falem bobagem mais do crescimento desse ano. Não falem mais porque a gente vai crescer mais”, disse, em tom de ironia.

O petista discursou, nesta terça-feira (11), na Abertura do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília, em meio à crise de popularidade que enfrenta também por questões econômicas, como o preço dos alimentos. De acordo com Lula, haverá “muito mais políticas públicas” para melhorar o cenário do governo.

“Porque vai ter dinheiro circulando na mão do povo. Vai ter dinheiro circulando na mão do pequeno. A minha regra é a seguinte: muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza, miséria, fome, prostituição, evasão escolar. Agora, pouco dinheiro na mão de muitos significa distribuição de renda, comida, avanço social das pessoas”, declarou.

Já em tom de brincadeira, Lula falou com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que estava no palco do evento. “O prefeito Paes quer que eu devolva a capital do país ao Rio, mas a Bahia já reivindicou. Tem uma disputa aí e eu não sei como a gente vai resolver isso”.

Responsabilidade fiscal

Também presentes, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defenderam responsabilidade fiscal.

Motta anunciou aos prefeitos que, assim que receber a indicação de líderes partidários, irá instalar e dar início à comissão especial para debater uma pauta municipalista. A proposta limita o pagamento de precatórios e abre novo prazo para o parcelamento de dívidas previdenciárias.