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MARÇO COMEÇA COM EXPECTATIVA DE QUEDA NOS ÍNDICES DA COVID EM MG

Março começa nesta terça-feira (1) com a expectativa de uma redução ainda mais intensa nos índices que monitoram a Covid-19 em Minas Gerais. Se comparado ao número de casos da doença notificados em janeiro – 487 mil – o Estado observou, em fevereiro, uma ligeira queda contabilizando 461 mil diagnósticos, conforme a Secretaria de Estado de Saúde.

Em Belo Horizonte, o mês de fevereiro começou com pressão sobre o sistema de saúde, em função da contaminação acelerada da variante ômicron, mas foi encerrado com a situação sob controle. A taxa RT, que mede a velocidade de transmissão do vírus, marcava 1,10 em 31 de janeiro, e chegou a 0,74 nesta segunda-feira (28), um dos menores índices desde o início da pandemia.

Nas UTI’s e enfermarias exclusivas para Covid-19, a ocupação ao final do primeiro mês do ano era de 85,4% e 90.3%, respectivamente. No entanto, passados 28 dias de fevereiro, o percentual de internações em UTI’s caiu para 50,3%, enquanto nas enfermarias a taxa de hospitalização está em 39,5%. A queda observada em Belo Horizonte segue o panorama apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no boletim Infogripe publicado em 23 de fevereiro.

Conforme o órgão, em 22 dos 27 estados brasileiros, há uma manutenção do movimento de redução e estabilização dos casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). “A Covid-19 continua predominando entre os casos com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios. Nas últimas quatro semanas, a prevalência entre os casos positivos foi de 0,9% Influenza A, 0,1% Influenza B, 1,7% vírus sincicial respiratório, e 90,8% Sars-CoV-2 (Covid-19), com o restante associado a outros vírus”, diz o material da Fiocruz.

O doutor em microbiologia Atila Iamarino reforçou que há uma tendência de diminuição nos registros da Covid-19. “Está caindo um pouco mais devagar do que subiu, mas ainda exige precaução da nossa parte”, afirmou em live. O especialista ainda comentou sobre a sublinhagem da variante ômicron BA.2, que já infectou 17 pessoas no Brasil, conforme o Ministério da Saúde.

Ele citou exemplos da Dinamarca e da África do Sul, que tiveram picos de transmissão da cepa. Nos dois países, a cepa foi predominante à versão original da ômicron, por se apresentar mais transmissível, mas sem representar um aumento exponencial de diagnósticos positivos, principalmente em vacinados.

“Se a BA.2 conseguisse infectar quem já foi imunizado por vacinas mais do que a omicron, ou quem já pegou a omicron, a gente veria um aumento de casos e não é o que está acontecendo. Não sei como isso vai acontecer no Brasil, mas continua sendo uma tendência de melhora apesar da BA.2”, explicou o biólogo.

Na avaliação dele, os estados brasileiros podem até registrar uma grande transmissão da sublinhagem, mas em proporção inferior à pressão representada pela versão original da variante. “Pode ser que a gente ainda tenha uma ‘marolinha’ de casos de BA.2, mas por nada que a gente vê até aqui, isso é uma coisa representativa ou tão preocupante quanto foi o surgimento da ômicron”, complementou Atila.

Via O Tempo