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“MELHOR VACINA É A QUE ESTIVER DISPONÍVEL”, DIZ INFECTOLOGISTA

Uma escolha em hora inadequada: enquanto o Brasil perde milhares de vidas a cada dia para a COVID-19, algumas pessoas que já podem se vacinar preferem esperar por temer os efeitos colaterais da fórmula da AstraZeneca, a segunda mais aplicada no país até o momento.
O irresponsável comportamento fez a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fabrica a injeção no país, convocar seus especialistas para conscientizar a população. “Não é nada grave e são efeitos que nós chamamos de indesejáveis ou adversos, mas que podem ocorrer e que, rapidamente, em 24 horas, a tendência é desaparecer”, explicou a pneumologista Margareth Dalcolmo nos canais da Fiocruz.
Entre as reações mais comuns estão dores musculares, febre, mal-estar e calafrios. Especialistas afirmam que os efeitos duram poucos dias após a vacinação e que casos mais graves são raros. Minas Gerais recebeu 10 milhões de doses das três fabricantes, de acordo com dados do vacinômetro.
Professor-emérito da Faculdade de Ciências Médicas e assessor do Hermes Pardini, o epidemiologista José Geraldo Ribeiro é um dos que afirmam que não cabe escolha de vacina. “A melhor vacina é a que estiver disponível”, aconselha. O especialista lembra que, do ponto de vista científico, ainda é cedo para comparar a eficácia entre os imunizantes.
O infectologista Carlos Starling, que integra o Comitê de Enfrentamento à COVID-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, alerta para o risco de escolher o fabricante da vacina. “Adiar a vacinação por preferência é um risco muito grande. O vírus pode te encontrar antes. Aí, é contar com a sorte”, afirma.
Via Estado de Minas