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MG É O ESTADO COM MAIS CACHAÇARIAS REGISTRADAS

Minas Gerais é o estado com maior número de cachaçarias registradas no país. São 504 estabelecimentos, que correspondem a 41,4% do total de empreendimentos nacionais que somam um total de 1217. Os dados são do Anuário da Cachaça 2024 divulgado ontem (26) na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária, em Brasília. A publicação é fruto de uma parceria entre o próprio Mapa, o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ANPAQ e GS1 Brasil, e referem-se ao ano de 2023.

O crescimento das cachaçarias mineiras foi de 7,7%, com 36 estabelecimentos a mais em relação a 2022. Já o Brasil como um todo teve um crescimento de 7,8% em relação ao ano anterior. A publicação é o principal levantamento de dados oficiais do setor para o fomento de discussões relevantes.

“O anuário comprova que o Brasil está se consolidando como um dos grandes produtores de alimentos e bebidas do mundo, graças à sua vocação. Produzimos com qualidade e o Ministério da Agricultura tem a régua muito elevada para garantir a segurança dos nossos produtos. Isso nos garante oportunidades”, discursou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “O Brasil é a bola da vez para produtos de qualidade. Vamos trabalhar para fazer da cachaça, cada vez mais, um orgulho brasileiro”, completou.

A publicação é o principal levantamento de dados oficiais do setor para o fomento de discussões relevantes

As cachaças também devem ser registradas

Após a concessão do registro do estabelecimento é preciso que a cachaçaria registre os produtos com os quais pretende trabalhar. Em 2023, houve um crescimento de 18,5% em relação ao total de produtos registrados que havia em 2022, alcançando o número de 5.998.

Minas também tem o maior número de bebidas registradas

O estado mineiro também possui o maior número de cachaças registradas, com 2.144 produtos, o que corresponde a 35,7% das cachaças do país. Já Sergipe detém a média mais elevada, com 16 produtos registrados por estabelecimento. A média brasileira é de 4,9 cachaças registradas por cachaçaria.

Exportações aumentaram timidamente

Em 2023 houve um aumento de 0,7% no valor total das exportações, alcançando a marca de US$ 20.242.453, o maior montante da série. O resultado demonstra uma valorização de 9,3% do produto exportado, que em 2022 teve o preço médio de 2,15 US$/L e no ano passado chegou a 2,35 US$/L.

Os Estados Unidos mantém-se como o maior mercado para exportação da cachaça, avaliado em US$ 4.653.002, o que representa quase 23% das exportações totais da bebida.

Outro destaque é a Europa, com sete países entre os 10 principais parceiros econômicos do Brasil na aquisição da cachaça. O continente foi responsável por um mercado de US$ 10.142.990, o que representa 50,1%. Atualmente, há países compradores de cachaça em todos os continentes do planeta.

Empregos cresceram 3,35% em relação a 2022

O setor de cachaça no Brasil gera empregos diretos e indiretos em toda cadeia. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a atividade de fabricação de bebidas gerou 134.678 empregos diretos em 2023, com variação positiva de 3,35% em relação a 2022. Nesse cenário, 4,7% do estoque de empregos da atividade de fabricação de bebidas deve-se à fabricação de aguardente de cana-de-açúcar, o que corresponde a 6.371 empregos.

O Sudeste é a região com maior estoque de empregos em 2023, com a marca de 3.062 posições, o que corresponde a 48% de todos os empregos da fabricação de aguardente de cana-de-açúcar. Já o Nordeste é a segunda região em estoque de empregos, com 2.444 posições, apresentou o maior aumento absoluto em números de empregos gerados, com 87 novas posições criadas em 2023, o que corresponde a uma variação de 3,69%.

Destacam-se também os estados de São Paulo, com 11 cachaçarias a mais em relação a 2022, e Paraná, com aumento de 10 cachaçarias em relação ao ano anterior. Por região, o Sudeste, com 819 cachaçarias, possui o maior número de estabelecimentos registrados, concentrando 67,3% do total de cachaçarias do Brasil.

O registro de estabelecimentos é a formalidade administrativa que autoriza as cachaçarias a funcionarem, considerando a atividade e linha de produção, bem como a sua capacidade técnica e condições higiênico-sanitárias. Em Minas, o órgão responsável é o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

O registro é coordenado pelo Mapa e a solicitação é gratuita e deve ser realizada por meio do Portal Único gov.br, utilizando-se o Sipeagro.

“Os dados são animadores. Apesar do cenário desafiador que o setor da cachaça tem enfrentado nos últimos anos, eles demonstram uma certa resiliência para o enfrentamento dessas dificuldades e, sobretudo, a relevância dos micro e pequenos produtores”, destaca Carlos Lima, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça.