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MINAS PODE REGISTRAR VARIANTE INDIANA EM QUESTÃO DE DIAS

Mais transmissível e classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “digna de preocupação global”, a variante indiana B.1.617 da Covid-19 ainda não circula por Minas Gerais. No entanto, já coloca as autoridades locais em alerta.

Nesta semana, seis casos da nova cepa que está provocando colapso na Índia foram confirmados no Maranhão. Outros estados como Ceará acompanham casos suspeitos. A tendência, advertem especialistas, é de que em breve o vírus modificado esteja presente em várias regiões brasileiras, inclusive nos municípios mineiros.

“As variantes circulam o mundo rapidamente. E pode ser questão de dias até chegar em Minas Gerais”, declarou o infectologista Carlos Starling. Integrante do Comitê de Combate à Covid-19 em Belo Horizonte, o médico reforça ser preciso ter cautela por parte da população para que as cenas vivenciadas na Índia não se repitam por aqui.

“A chegada da cepa no país é mais um motivo de alerta e preocupação. Se não bastasse todas as outras, agora temos de lidar com essa também. E, para evitar o aumento de casos e mortes, devemos restringir a mobilidade e manter o distanciamento. O difícil é as pessoas abraçarem essa causa”, lamentou.

Segurança

Diante do risco, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas (SES) ampliou as ações de vigilância genômica do coronavírus. Os casos notificados são analisados pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “As análises das variantes do Sars-CoV-2 têm sido conduzidas pela Rede Corona-Ômica BR-MCTI, representada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para identificar possíveis mutações do vírus em Minas Gerais”, informou.

Mesmo sem casos confirmados em Minas, a pasta reforçou a necessidade de adoção de medidas de distanciamento social para conter a propagação do coronavírus e minimizar o surgimento de mutações. “É necessário impedir a circulação do vírus, sendo o distanciamento social e a vacinação, ferramentas essenciais para o controle da pandemia”

B.1.617 

A análise genética revelou que a cepa indiana apresenta mutações importantes nos genes, que permitem que ela consiga invadir nosso organismo com mais facilidade. O infectologista Carlos Starling explicou que ainda faltam muitas informações sobre a cepa. “Não se sabe qual vai ser o comportamento dela aqui no Brasil. Mas ela tem um nível de transmissibilidade maior, e preocupa”

Via O Tempo