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MORADORES PROTESTAM CONTRA NOVOS PEDÁGIOS

Mais uma vez a instalação de praças de pedágio no Sul de Minas foi motivo de protesto na tarde desta quinta-feira (18) em Muzambinho e Alfenas (MG). Usuários das rodovias pedagiadas reclamam dos valores cobrados e dos serviços prestados pela concessionária vencedora do edital.

As obras de melhorias da BR-146, próximas a Muzambinho já começaram. O trabalho é feito pela empresa que venceu a licitação e agora é responsável por administrar a rodovia.

O trecho faz parte do lote 3 de concessão de rodovias mineiras. Esse lote abrange mais de 430 quilômetros de rodovias em 22 cidades, que vão desde a região de São Sebastião do Paraíso até a região de Três Corações.

Nesses pontos estão sendo construídas seis praças de pedágio nos seguintes locais:

  • BR-146 – Muzambinho
  • BR-265 – Nepomuceno
  • BR-265 – Boa Esperança
  • CMG-491 – Monte Santo de Minas
  • CMG-491 – Alfenas
  • CMG-491 – Três Corações

Nesta quinta-feira (18), produtores rurais e moradores do Sul de Minas se reuniram em Muzambinho e Alfenas para protestar. A mobilização foi para expressar a insatisfação com a implementação dos pedágios.

“A população não é contra o pedágio, mas com um preço justo, um preço que a pessoa possa pagar e não atinja ele. A maioria, idoso, não está podendo trabalhar, vai passar aí de dia e de tarde, não tem condição”, disse o lavrador Fernando Ventura.

Uma das reivindicações é a isenção do pagamento para quem mora em cidades onde os pedágios estão sendo instalados. Os moradores também pedem melhorias nas rodovias e preços mais justos. A tarifa de pedágio na região vai ser mais de R$ 13.

“É muito caro, R$ 13 pedágio comparado a esse só na Via Dutra, entre Rio de Janeiro e São Paulo. Da rodovia também 135, que vai de Belo Horizonte a Montes Claros, também tem pedágios bastante caros, só que lá é duplicado e estão sempre trabalhando e melhorando a rodovia, mas mesmo assim é caro. Eu acho que pra esse trecho aqui, esse valor é muito puxado”, disse o motorista Leonardo Pereira de Carvalho Filho.

Quem usa a rodovia quase todos os dias, questiona o serviço e a cobrança do pedágio.

“Sou totalmente contra o pedágio, sendo que tem um a poucos quilômetros pra frente, isso atrapalha tanto questão de logística, transporte, tudo fica mais caro, muitos estudantes aqui do Instituto Federal são da região, vêm de Van, isso tudo aumenta o custo. Eu com certeza eu não apoio esse pedágio e acho que se for cobrar, deveria ser um preço justo para um serviço adequado. Estão recapeando apenas a estrada”, opinou o engenheiro agrônomo Matheus Caiafa.

Por nota, a EPR Vias do Café, concessionária dos trechos, informou que não foi comunicada oficialmente das manifestações e que não há previsão contratual para isenção tarifária de grupos determinados.