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MP DENUNCIA CRIME ELEITORAL EM PASSOS

O Ministério Público denunciou oito pessoas pelo crime de associação criminosa e por 51 crimes de corrupção eleitoral ou compra de votos em favorecimento a uma vereadora eleita nas últimas eleições em Passos (MG).

As denúncias foram oferecidas após conclusão da 1ª fase da “Operação Integridade”, deflagrada pela Promotoria Eleitoral de Passos e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

De acordo com as investigações, durante o período eleitoral no ano passado, uma vereadora eleita teria se associado a outras sete pessoas com o objetivo de praticar crimes de corrupção eleitoral. Aline Gomes Macedo de Souza, a Aline do Social (PL), acabou sendo eleita como a vereadora mais votada na cidade, com 3.014 votos. O g1 apurou que o nome dela está entre os denunciados.

Segundo o MP, o grupo é suspeito de aliciar eleitores com oferta de dinheiro em troca do voto, realizar propaganda de boca de urna e afixar material irregular de divulgação da candidatura nos veículos e residências de eleitores aliciados.

A operação revelou a existência de associação criminosa constituída para a prática de crimes de corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral e propaganda eleitoral, no dia da eleição, no pleito de 2024.

No dia 9 de janeiro, equipes do Ministério Público cumpriram mandados de busca e apreensão domiciliar em endereços dos investigados. Ainda conforme o MP, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na cidade de Passos e um em Ribeirão Preto (SP).

Ao longo da investigação, o Ministério Público também requereu a prisão preventiva de três investigados, mas o pedido não foi acatado pela Justiça Eleitoral.

No lugar da prisão preventiva, foram decretadas medidas cautelares de comparecimento bimestral em juízo, proibição de contato com outros investigados e testemunhas, proibição de se ausentar da comarca de sua residência sem prévia autorização judicial, recolhimento domiciliar no período noturno e em finais de semana, além da entrega dos passaportes.

A advogada da vereadora Aline Macedo, Thaís Buzato, informou que como não teve acesso à denúncia mencionada na matéria, não conhece seu conteúdo, o que inviabiliza a manifestação neste momento. Ela disse ainda que caso a vereadora Aline seja denunciada por algum fato, a defesa vai se manifestar nos autos no momento oportuno para comprovar sua inocência, tendo em vista que sua vida pública sempre foi pautada na honestidade, ética e integridade.

Ainda segundo o MP, as investigações prosseguem.