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“NINGUÉM QUER O FECHAMENTO DO COMÉRCIO, MAS, MOMENTO É GRAVE”, DIZ JUÍZA

Em sua decisão divulgada na manhã de hoje, a Juíza de Direiro da Comarca de Carmo do Rio Claro, Dra. Ana Maria Marco Antônio, aceitou o pedido do Ministério Público feito na última sexta-feira (19), sobre a inserção do município na onda roxa do protocolo Minas Consciente.

A juíza ressalta em sua decisão o colapso na saúde. “Não há como negar o recrudescimento da pandemia. Ele é manifesto. Esta fase, dada a delicadeza e seriedade, não se contenta com a análise pura e simples de alargamento/diminuição da curva de contaminação. O que se tem, agora, é verdadeiro colapso do sistema de saúde.”

Dra. Ana Maria, destaca que ninguém quer o fechamento do comércio, mas, ressalta a falta de leitos para os que precisarem: “O fato é que, nenhum de nós deseja o fechamento do comércio, das atividades, dos estabelecimentos de ensino, da manutenção do cotidiano contemporâneo. E todos estamos buscando formas de erradicar ou minorar, pensemos em um caminho ou em outro. E, não somos insensíveis aos dissabores, angústias, tristezas e dificuldades de toda monta pelas quais passa o povo brasileiro.”

“Deve-se ter em mente, ademais, que a restrição imposta pelo Governo de Minas Gerais através de tais comitês extraordinários é passageira, e, no caso local, perdurará por prazo menor que o estipulado. Esse cuidado e zelo devem ser tomados, inclusive porque os hospitais que recepcionam os habitantes de Carmo do Rio Claro com suspeita ou confirmação de infecção de Covid-19 estão SEM POSSIBILIDADE DE RECEPÇÃO de leitos na macro e micorregião!”

“Repito: a ocupação dos leitos de UTI COVID-19 da Santa Casa de Misericórdia de Passos, que atende a cidade de Carmo do Rio Claro, atingiu nível máximo. Isso quer dizer que, mesmo se considerarmos que
nossa cidade já viveu situação local aparentemente mais desfavorável – ponderando tão somente alargamento/diminuição da curva de contaminação – o que se tem agora é muito mais gravoso, porque redunda da materialização da desassistência. Lamentável.”

Em razão de vários hospitais da região estarem sem leitos, a Juíza diz que é impossível manter a cidade de Carmo do Rio Claro como está e não acatar a onda roxa.

Sobre os comércios considerados não essenciais, a justiça liberou o funcionamento, porém, apenas na forma delivery ou por retirada no local, sem atendimento presencial.