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NOVAS VARIANTES PODEM GERAR NOVO PICO DE COVID NO SUL DE MINAS

O número de casos de Covid-19 está em alta há pelo menos duas semanas no Sul de Minas. Só nesta segunda-feira (15), a Secretaria de Estado de Saúde confirmou mais 41 mortes e outros 2.180 novos registros na região. Hospitais da região já estão quase no limite de internações e a situação pode piorar devido à ação da nova variante P1.

Segundo um estudo da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Minas Gerais pode ter um novo pico da doença com até cinco vezes mais registros do que o de julho do ano passado.

De acordo com o professor de epidemiologia da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Sinézio Inácio da Silva, as últimas semanas já apontam para um novo pico também no Sul de Minas.

“Em janeiro nós batemos seguidamente recordes da chamada média móvel semanal, se nós considerarmos os casos desde o carnaval, só nesse trecho dessa curva, de fato nós podemos em uma semana bater o recorde que foi alcançado em termos de média de casos por semana, no final de janeiro. Tanto no Sul de Minas, quanto em Minas Gerais.” disse o professor.

Segundo o professor, as curvas de crescimento de casos, mortes e internações estão subindo ao mesmo tempo.

“Infelizmente nós estamos observando a chamada sincronização das curvas epidêmicas nos municípios, as curvas de crescimento de casos, mortes e internação, estão se generalizando. Então quando isso acontece, mesmo sem estarmos na iminência que estamos de atingir esse pico de casos, isso já é extremamente grave. Isso acontecendo com uma iminência da gente alcançar esse novo recorde, será bastante preocupante e isso é claro está ligado a essa nova variante que já está circulando com mais força em Minas, que é mais transmissível e mais resistente ao sistema imunológico”, disse o professor.

Ainda conforme o professor, a recente alta de casos já tem relação com a nova variante P1, que já começa a ganhar força em Minas Gerais.

“A partir da curva, da sequência do número de casos, são feitas equações, projeções, que a gente sempre espera que sejam frustradas porque se as medidas são retomadas, a gente pode reverter isso. Isso não é uma fatalidade. Agora o que está entrando nessas equações também são o fator da nova variante, essa chamada variante P1, que é mais transmissível e ela pode escapar do sistema imunológico em metade dos casos, de pessoas que podem ter sido reinfectadas ou mesmo as pessoas que foram vacinadas e ainda não desenvolveram imunidade, considerando isso tudo é que esses números propagados pela Secretaria de Estado, que eles foram informados, é uma infeliz probabilidade realmente”, disse o professor.

Via G1 Sul de Minas