ONDA DE FRIO DEVE CHEGAR AO BRASIL NO FIM DO MÊS
A primeira onda de frio de 2025 deve atingir o Brasil na virada de maio para junho. A previsão é do Instituto Clima Tempo, que destaca que algumas áreas podem congelar, além da possibilidade de neve.
“A virada de maio para junho de 2025 reserva uma situação meteorológica muito especial. Para simulações atmosféricas feitas em super computadores vêm confirmando nos últimos dias a entrada de uma potente e grande massa de ar frio de origem polar sobre América do Sul, com potencial para avançar com muita força também sobre o território brasileiro”, diz a nota .
A previsão é de queda de temperatura na região Sul, Sudeste, Centro-Oeste e também em Rondônia, no Acre e no sul do Amazonas. “Faltando pouco menos de um mês para o solstício de inverno, que será no dia 20 de junho, esta onda de frio poderá gelar (e congelar) várias áreas do país”, destaca.
Minas Gerais não aparece no informativo, mas o frio deve aumentar em Minas. São Paulo está na lista, indicando que o frio pode chegar no Sul de Minas.
“O grande diferencial desta massa de ar frio é que ela deve ter características continentais. Isso quer dizer que o ar de origem polar vai se deslocar pelo interior da América do Sul e não sobre o oceano. A maioria das massas de ar frio que chegam ao Brasil passam mais tempo sobre o oceano e isso enfraquece o poder de resfriamento. Uma massa de ar frio continental normalmente tem pouca umidade, fazendo com que seu potencial de resfriamento seja muito maior. São as massas de ar frio continentais que conseguem levar o ar gelado para o interior do Brasil, causando temperaturas realmente baixas no interior do Sudeste, no Centro-Oeste e também o fenômeno da friagem em parte da região Norte”, explica.
A possibilidade de neve de outros tipos de precipitação invernal no Sul do Brasil também não poderia ser descartada, considerando as condições meteorológicas projetadas para o final de maio e os primeiros dias de junho de 2025. Além do ar frio muito intenso entrando pelo interior do Brasil, é possível que tenhamos um ciclone extratropical sobre o oceano, que garantiria a injeção de umidade necessária para a formação das nuvens.