OPERAÇÃO CONTRA ADULTERAÇÃO E FALSIFICAÇÃO DE MEL NO SUL DE MINAS
A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deflagraram, na manhã desta quinta-feira, (18/11), em Varginha, a Operação Xaropel, que combate a associação criminosa que fraudava a fabricação e a comercialização de mel e o registro no Sistema de Inspeção Federal (SIF). Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens, expedidos pela Subseção Judiciária Federal de Poços de Caldas, nos municípios mineiros de Campestre e Poços de Caldas.
Depois dessa interdição, o Mapa continuou a receber informações e reclamações de que os produtos estavam sendo comercializados em cidades do Sul do estado.
Foram solicitadas, então, à Receita Estadual mineira, informações sobre entradas e saídas de produtos dos estabelecimentos, que permitiram a constatação de que o volume de mel comercializado, aproximadamente 60 toneladas, coincide com a quantidade adquirida de xarope de açúcar.
Com auxílio de um drone, foram feitas imagens aéreas nas sedes das empresas, mostrando o descarte de tambores com logotipo da empresa fornecedora de açúcar invertido.
As investigações tiveram início há três anos e revelaram que as empresas investigadas adquiriram mais de 783 toneladas de açúcar invertido (xarope de açúcar), utilizado como matéria prima para a produção do mel adulterado.
As averiguações mostraram ainda que o grupo continua distribuindo o produto falsificado em estabelecimentos da região e até mesmo no estado de São Paulo.
Os crimes de associação criminosa (art. 288, do Código Penal); falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios (art. 272, §1º-A, do Código Penal); invólucro ou recipiente com falsa indicação (art. 275, do Código Penal) preveem uma pena de até 22 anos de reclusão, mais multa.
Via Estado de Minas