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PESCADORES ACUMULAM PREJUÍZOS COM A BAIXA DO LAGO DE FURNAS

Municípios banhados pelo Lago de Furnas continuam sentindo a baixa do nível das águas e tendo prejuízos irreparáveis. Uma das categorias mais prejudicadas são os pescadores. Em um levantamento feito em 37 cidades, há cerca de 1.700 pescadores profissionais e quase a metade está tendo que sobreviver sem nenhum tipo de auxílio, inclusive, a maioria não possui o seguro desemprego.

Com renda média de R$ 2.000,00 em situações normais, atualmente esses profissionais não conseguem nem a metade desse valor com o seu trabalho afetado pela falta d`água, pois, onde antes era água, hoje não passa de mato seco e vegetação.

Em Alterosa, pescadores precisam andar mais de 3 km para encontrar apenas um riacho. O assessor parlamentar Klebinho, que também é ex vereador, acompanha o drama dessas famílias.

Segundo os pescadores, a questão vai muito além da falta de chuva, mas, esbarra em uma questão política que deve ser rapidamente resolvida. “O intuito é que a situação caótica da região do Sul de Minas chegue cada vez mais às autoridades e que eles tomem as providencias para auxiliar o povo que depende do lago para retirar o seu sustento”, disse Klebinho.

O impacto da baixa das águas na região é sentido por mais de 3 milhões de pessoas segundo a Associação Circuito do Lago de Furnas.

Na semana passada o governador Romeu Zema anunciou que a ANA (Agência Nacional de Águas) teria determinado que Furnas e Peixoto reduzissem a vazão dos reservatórios para que a represa volte a subir e possa, pelo menos, atingir e manter a COTA 762 aprovada no ano passado.