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PMMG PEDE QUE PAIS ENVIEM OS FILHOS PARA AS ESCOLAS

“Levem suas crianças e seus adolescentes para a escola”. A orientação é do tenente-coronel Flávio Santiago, representante da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). O pedido ocorre por causa do sentimento de medo de pais e responsáveis quanto às ameaças de ataques às escolas do Estado, marcadas para esta quinta-feira, 20 de abril. A data remete ao Massacre de Columbine, ocorrido em 1999, quando 15 pessoas morreram em uma escola dos Estados Unidos. No dia 20 de abril é também aniversário do ditador Adolf Hitler, líder do nazismo alemão.

“Precisamos combater essa associação de datas e de desinformação. Nossas escolas estão seguras, e esse dia será lembrado pela proteção escolar”, garante o tenente-coronel.

Diante da sensação de insegurança, a PMMG informou que vai reforçar os trabalhos no entorno das unidades de ensino. Todo o efetivo policial estará envolvido com esse trabalho, que tem como objetivo reforçar a Operação de Patrulhamento Escolar, que teve início no dia 10 de abril. Essa operação foi desenvolvida com o objetivo de criar um conselho comunitário de segurança escolar, com a participação de professores, responsáveis, estudantes e a polícia. O conselho tem atuação semelhante à rede de vizinhos protegidos.

“Essa rede já ajudou a identificar alguns adolescentes que demonstraram algum tipo de comportamento suspeito. A gente precisa lembrar que, em Minas, não tivemos episódios de ataques. Nós antecipamos e adotamos algumas medidas preventivas”, afirma Santiago.

O representante da Polícia Militar de Minas Gerais reforça que as instituições de ensino do Estado estão seguras, e que essa onda de ameaças ocorre, geralmente, com o objetivo de propagar um sentimento de medo. “As pessoas não podem entrar em pânico e nervosismo por conta disso”, orienta.

Na última segunda-feira (17), uma adolescente, que seria a responsável pela divulgação da chamada “Lista do Masssacre”, foi alvo de uma operação realizada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de São Paulo, onde a menor reside. A garota é investigada por repassar o conteúdo, que indicava que 35 cidades mineiras poderiam ser alvo de ataques em escolas. “Temos feito todos os esforços para garantir a segurança, as pessoas precisam acreditar nisso”, completa o tenente-coronel.

Escolas da rede estadual de Minas Gerais

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) também garante que as atividades irão ocorrer normalmente nesta quinta-feira (20) em todas as unidades da rede estadual de ensino. “A SEE/MG orienta também que servidores, estudantes, pais ou responsáveis e a comunidade escolar mantenham a tranquilidade”, disse em nota.

A pasta informou ainda que as escolas terão, inclusive, uma ação educativa com o objetivo de fortalecer a rede de proteção e prevenção à violência nas unidades de ensino. A atividade faz parte do Programa de Convivência Democrática da SEE-MG. A intenção, segundo a pasta, é “sensibilizar toda comunidade escolar sobre a importância de manter um ambiente educacional saudável e acolhedor”.

Escolas da rede particular em Minas Gerais

“Se a gente não opera, não funciona, a gente dá força para quem deseja fazer o mal”. A afirmação é do professor Paulo Leite, superintendente e porta-voz do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG). O representante do sindicato garante que as unidades de ensino estão seguras, e que os pais não precisam temer quanto à possibilidade de ataques nas instituições da rede privada do Estado. “Quem ameaça tem interesse que não tenha aula. Nós garantimos a segurança junto a todos os órgãos públicos de segurança”, completa Leite.

Devido ao sentimento de insegurança, o Sinepe-MG pediu aos diretores de escolas e aos responsáveis pelos estudantes que mantenham as aulas nesta quinta-feira (20). “Em reuniões, diálogos, debates e interações recentes, em nossos alinhamentos com as autoridades, as escolas e as famílias, compreendemos que a melhor e mais pontual decisão seja pela efetiva manutenção das aulas e da rotina escolar”, informa o texto.

Além do comunicado, uma cartilha com dicas e protocolos de segurança foi enviada aos gestores das unidades de educação. O documento de nove páginas orienta sobre a necessidade de se manter um contato constante com as autoridades policiais e representantes da unidade de saúde. A cartilha também informa sobre a importância do monitoramento das redes sociais dos estudantes e da notificação em caso de comportamento suspeito.

“A escola, naturalmente, já tem uma prática muito efetiva de segurança, porque nós respondemos a vários órgãos reguladores, sejam eles de infraestrutura ou não. Não tem nenhum lugar mais preparado para receber as pessoas do que as escolas, não existe um ambiente mais preparado do que uma instituição de ensino”, afirma Leite.