PREFEITO É SUSPEITO DE FURAR FILA DA VACINA CONTRA A COVID

O inquérito conduzido pelo órgão narra que ele teria recebido as duas doses do imunizante, respectivamente, em 4 e 26 de março – o que vai contra as determinações do Ministério da Saúde à época.

Comprovado o crime, o político pode ser punido com pena de dois a doze anos de reclusão. O MPMG afirma que as investigações começaram a partir de denúncia anônima, que alegaram que ele “teria furado a fila porque desejava viajar para Angra do Reis, no Rio de Janeiro”.

“O prefeito, que é médico, alegou ter se vacinado como profissional de saúde, mas o PIC registra que ele não comprovou estar exercendo a profissão na ocasião nem que estava na linha de frente no combate ao coronavírus. Ele também não realizou o cadastro prévio exigido pela prefeitura”, pontua o órgão em nota à imprensa.

À época da vacinação, havia falta de vacinas no país e o Plano Nacional de Imunização (PNI) determinava prioridade a trabalhadores da saúde que estava na linha de frente contra a pandemia de Covid-19.

“Ele tomou a primeira dose quando apenas 2,7% da população de Itaúna havia recebido o imunizante, sendo certo existirem ainda muitas pessoas, dentro dos grupos prioritários, que deveriam receber a vacina antes dele”, detalha a denúncia.