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RESPONSÁVEL PELA SRE DE PASSOS É SUSPENSA APÓS DENÚNCIAS DE FRAUDES NA VACINAÇÃO

A superintendente Regional de Ensino de Passos (MG), Lael Helena Keller, foi suspensa do cargo temporariamente após denúncias de um suposto esquema de fraude na fila de vacinação contra a Covid-19 envolvendo servidores do órgão.
Uma força-tarefa composta pelo Ministério Público, Polícia Civil e a prefeitura apura a suposta falsificação de um documento para que cerca de 80 pessoas tivessem acesso à imunização. Uma denúncia anônima feita através do site da prefeitura aponta que 80 pessoas teriam fraudado um formulário para que pudessem ‘furar a fila’ da vacinação.
No documento original disponibilizado pela prefeitura, constava que o grupo que poderia ser vacinado seria o de profissionais da educação que atuam nos ensinos infantil, fundamental, médio e superior. Já o documento alterado acrescentou um grupo, o de servidores que atuam na Superintendência Regional de Ensino de Passos.
Segundo o promotor de justiça, Eder Capute, o Ministério Público está acompanhando as investigações que estão sendo feitas pela Polícia Civil, que já ouviu a superintendente e ouvirá também os demais servidores da pasta.
“O Ministério Público está acompanhando as atividades da Polícia Civil e não está fazendo um procedimento paralelo, nós preferimos esperar as investigações da polícia para depois, baseado no que foi apurado, tomar as nossas providências,” explicou.
Ainda de acordo com o promotor, não há dúvidas de que o documento foi realmente alterado e agora o Ministério Público quer entender quais foram as motivações para que esse fato ocorresse.
“De fato está demonstrado que houve uma mudança no formulário divulgado no site da prefeitura, isso não resta dúvida, o que nós precisamos avaliar e a polícia vai fazer isso, é por que motivo esses servidores, que a princípio são pessoas de bem, buscaram uma modificação no formulário para que fossem vacinados, essa motivação é que precisa ser melhor esclarecida, é nisso que a polícia está trabalhando e nós precisamos esperar as conclusões. Se isso for demonstrado, nós podemos estar diante de falsidade documental, falsidade ideológica, até com possibilidade de improbidade administrativa, mas tudo depende da conclusão das investigações” pontuou.
Via G1 Sul de Minas