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SECA PROLONGADA PREJUDICOU CAFÉ EM MG

Com o fim da Semana Internacional do Café em Belo Horizonte, a Federação da Agricultura concluiu, em balanço, que o ano de 2024 foi difícil para o café mineiro, especialmente pela seca prolongada, que castigou a safra ao longo do ano. A avaliação foi feita pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Antonio de Salvo.

“Foi um ano difícil porque tivemos uma seca muito prolongada e sabemos que a cafeicultura é uma cultura perene. Você não planta um pé de café e corta ele no final de 120, 130 dias, como é a linha branca, por exemplo. Então nós tivemos muito déficit, muita falta de chuva nos períodos de seca desse ano, que prolongou por 150, 170 dias nas regiões produtores. Isso já ocasionou uma queda na safra de 2024, pelos intempéries dos 2023 e 2022, geadas, chuva de coincidência de granizo”, afirmou, dizendo que os resultados sobre a safra de 2025 ainda serão realizados.

“Sabemos que certamente, apesar de uma florada muito bonita que tivemos agora no mês de outubro, nós estamos vendo um baixo índice de vingamento – flor que virou fruto. Então temos que esperar para ter um diagnóstico mais preciso, mas podem ter certeza. Com tecnologia, com mais assistência técnica, com mais conhecimento, nós vamos enfrentar essas variações climáticas e vamos continuar avançando na produção, na produtividade. Não só de café, mas de todos os produtos dessa diversidade enorme, que são os produtos do água aqui em Minas Gerais”, disse.

De quarta a sexta-feira, a capital mineira recebeu a Semana Internacional do Café. Estima-se que 20 mil pessoas de 40 países diferentes tenham passado pelo evento que foi realizado no ExpoMinas, na região Oeste de BH.

O café é um dos pilares da economia de Minas Gerais. Atualmente, o grão corresponde a 42% de tudo que é exportado pelo Estado, segundo dados do Governo de Minas.