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SUL DE MG RECEBE SELO PARA PRODUÇÃO DE VINHOS

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG), na espécie Indicação de Procedência (IP), para o Sul de Minas (MG), como produtor de vinhos de inverno.

O reconhecimento foi publicado na Revista da Propriedade Industrial (RPI) de 11 de fevereiro de 2025 e abrange 10 municípios: São João da Mata, Cordislândia, São Gonçalo do Sapucaí, Três Corações, Três Pontas, Campos Gerais, Boa Esperança (MG), Bom Sucesso, Ibituruna e Ijaci.

O que é IG

A Indicação Geográfica (IG) identifica a origem de um produto ou serviço que tem certas qualidades graças a sua origem geográfica ou que tem origem em um local conhecido por aquele produto ou serviço.

Segundo o INPI, a modalidade Indicação de Procedência (IP), como é o caso do selo obtido pelo Sul de Minas, se refere ao “nome geográfico de um país, cidade, região ou uma localidade de seu território que se tornou conhecido como centro de produção, fabricação ou extração de determinado produto ou prestação de determinado serviço”.

Uma das IGs mas conhecidas em Minas Gerais é do queijo produzido na região da Serra da Canastra (veja as IGs de Minas Gerais abaixo).

A proteção concedida por uma IG, além de preservar as tradições locais, diferencia os produtos, promovendo o desenvolvimento regional.

Com a IG dos vinhos do Sul de Minas, o INPI chega a 139 IGs reconhecidas no Brasil, sendo 100 IPs (todas nacionais) e 39 Denominações de Origem – DOs (29 nacionais e 10 estrangeiras).

Porque o Sul de Minas é referência na produção de vinhos de inverno

Segundo o INPI, os vinhos de inverno do Sul de Minas receberam a IG porque são elaborados com 100% de uvas produzidas na área geográfica delimitada e cada vez mais ganham notoriedade nos mercados nacional e internacional.

A produção desse tipo de vinho reflete o surgimento recente de uma nova zona vitivinícola no Brasil. Localizada em área intertropical e centrada no bioma Cerrado, a produção adapta-se à condição sazonal do clima, marcado por verões chuvosos e invernos secos.

Com técnicas adaptadas para a região a colheita é programada para o período de temperaturas mais baixas, coincidindo com o período de estiagem, o que proporciona uvas de excelente qualidade.

A produção das uvas é conduzida, sobretudo, pelo método de inversão do ciclo da videira, conhecido como “dupla poda”, desenvolvida por pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que se mostra eficiente no Sul de Minas para cultivares de Vitis vinifera tintas e brancas.

Essa técnica consiste na realização de duas podas, uma em agosto e outra em janeiro, permitindo que o desenvolvimento e a maturação da uva ocorram durante o outono/inverno, período mais favorável à obtenção de colheitas com índices satisfatórios de qualidade.

Os vinhedos que utilizam essa técnica têm produzido uvas de qualidade reconhecida e gerado vinhos premiados.

IGs de Minas Gerais

  • Café do Cerrado Mineiro
  • Café de Campo das Vertentes
  • Café da Mantiqueira
  • Café das Matas de Minas
  • Café do Caparaó
  • Café do Cerrado Mineiro
  • Cachaça de Salinas
  • Derivados de Jabuticaba de Sabará
  • Frutas (banana, manga, mamão e lima ácida tahiti) da Região do Jaíba
  • Mel do Norte de Minas
  • Própolis Verde de Minas Gerais
  • Queijo Minas Artesanal do Serro
  • Queijo da Canastra
  • Vinho do Sul de Minas