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UFMG DESENVOLVE VACINA QUE PODE PROTEGER MÃE E BEBÊ DE EFEITOS DA COCAÍNA

Uma vacina desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pode reduzir os efeitos do uso da cocaína em bebês e mãe tanto durante a gestação quanto na amamentação. Os resultados foram publicados na Molecular Psychiatry, revista científica do grupo Nature.

Segundo a universidade, os experimentos na fase pré-clínica demonstraram que o medicamento é eficaz para inibir os efeitos da droga no cérebro por causa da produção de anticorpos do tipo IgG.

Os testes foram realizados em ratas prenhes. Ao terem a vacina injetada, os anticorpos produzidos no corpo das ratas impediram ou, pelo menos, reduziram a passagem da cocaína para o cérebro da mãe e dos fetos pela placenta. Também foi identificado que os anticorpos passam pelo leite, protegendo, assim, as lactantes e os bebês.

“Os resultados são de grande relevância científica, já que não existe nenhum tratamento aprovado por agências reguladoras mundiais para esse fim. O uso de crack e cocaína na gravidez é problema de saúde pública, pois a droga afeta não só o feto, mas a mãe e a criança a médio e longo prazos”, afirma um dos coordenadores da equipe e professor do Departamento de Saúde Mental (SAM) da Faculdade de Medicina da UFMG, Frederico Garcia.

A pesquisa apontou ainda que os filhotes das mães vacinadas apresentaram anticorpos até sete dias após o desmame. Segundo a universidade, agora os pesquisadores estão em busca de recursos para a realização das próximas etapas da pesquisa.

Via O Tempo