VACINA CONTRA COVID DEVERÁ SER ANUAL
A vacina contra a Covid-19 pode entrar no calendário anual de imunização brasileiro a partir de 2023. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (26). Segundo o médico, a proposta é discutida pelo Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).
De acordo com Baccheretti, uma decisão oficial deve ser divulgada até o final deste ano, para que a imunização se inicie nos primeiros meses de 2023.
“Há sim uma expectativa que ano que vem a gente tenha a vacinação contra a covid fazendo parte do calendário nacional de vacinação, não sabemos se em uma ou duas doses. Essa decisão ainda deve sair até o final do ano para que ano que vem a gente se planeje em fazer este reforço”, afirmou.
Na avaliação do secretário, o reforço deve ser feito antes de março, quando há expectativa de nova alta de casos devido à sazonalidade com a chegada do período de frio.
“Eu sou um defensor que seja feito logo. O aumento de casos vai começar em março, então a minha discussão é que seja decidido logo [o reforço] para que já comecemos o reforço no início do ano. O reforço imunológico da vacina se dá em duas a três semanas, então que comece a vacinação em janeiro e fevereiro”, disse.
Baccheretti ainda afirmou que o Estado avalia a ampliação do reforço, mesmo sem autorização do Ministério da Saúde, antes do período sazonal. “Podemos [liberar por conta própria], a gente sempre avalia isso e depende da disponibilidade de doses. Temos vacinas ainda. Caso percebamos que a população está correndo mais risco devido a demora da decisão a gente vai tomar a medida antes”, afirmou.
Quarta dose para menores de 39 anos
Em Minas, apenas pessoas com 40 anos ou mais e imunossuprimidos de qualquer faixa etária podem receber a segunda dose de reforço do imunizante contra a Covid-19 (equivalente à quarta dose). Questionado sobre a ampliação para o público abaixo de 39 anos, Baccheretti disse que aguarda aval do Ministério da Saúde, já que não há comprovação científica de benefícios imunológicos.
“Ainda não encontraram evidência científica para ampliar a imunização para esse grupo, porque a terceira já é suficiente. Alguns estados tomaram essa decisão de vacinar grupos não definidos, mas os estudos não deixam isso claro”, explicou. “Temos que ver se realmente faz diferença na resposta imunológica”, completou.