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VEREADORA É INVESTIGADA POR COBRAR EXAMES FEITOS PELO SUS

Uma vereadora de Itamogi (MG) está sendo investigada pela Polícia Civil pelo crime de corrupção. A suspeita é que a parlamentar, que também é funcionária da Secretaria de Saúde, estaria cobrando de pacientes da rede municipal para a realização de exames.

A suspeita da Polícia Civil é que a vereadora Marilyam Mara de Oliveira Souza cobrava dos pacientes da Rede Municipal de Saúde para a realização de ressonâncias. Ela, inclusive, estaria adiantando algumas pessoas da fila e os pacientes não faziam ideia de todo o esquema.

Além de vereadora, ela ocupa o cargo na prefeitura de agente de saúde e é responsável pelo agendamento de exames da rede municipal.

Todo esse caso foi descoberto porque um paciente, meses atrás, ligou na prefeitura pedindo a nota fiscal do pagamento do exame, dizendo que ele iria declarar no imposto de renda.

Sindicância na Saúde

A Secretaria de Saúde do município começou a desconfiar e deu início então a uma investigação. Uma sindicância foi aberta no dia 1º de agosto e os trabalhos foram encerrados nesta quinta-feira (18).

Ficou decidido que o caso será tratado como um processo administrativo disciplinar, onde uma comissão será formada e os pacientes deverão ser ouvidos.

Segundo as vítimas, a vereadora chegava a cobrar entre R$ 350 a R$ 900 pelos exames. Cada vítima relata que teria pago um valor diferente.

“Oficialmente a gente tem três pessoas que até já fizeram o relato aqui, de ligações tem mais de 20 pessoas, foram ligações para mais de 120 pessoas, mais de 20, 30 pessoas, atestaram que pagaram e que eu recebi na minha sala só nesta semana, entre terça e quarta-feira, foram 17 pessoas. A maioria tem comprovantes, mensagens de celular, que ela cobrava”, disse a secretária de Saúde de Itamogi, Priscila Marcomini Dias.

A secretaria afirma que a princípio, não há suspeita sobre outros servidores nas irregularidades.

“O paciente aqui não tem custo nenhum, os exames que realmente forem particulares, que o credenciado não tem condições de fazer, o paciente vai ser informado e ele vai pagar na instituição, jamais ele vai pagar para funcionário público, a gente não recebe dinheiro de ninguém. Ela não está trabalhando mais, a partir de hoje ela está sendo afastada, mas ela já não está trabalhando mais desde quando começaram as investigações”, disse a secretária.

O relatório sobre a sindicância deverá ser enviado para a Câmara de Vereadores, que só deverá se posicionar depois de ter acesso aos detalhes do processo da sindicância.

A Polícia Civil informou que já instaurou um inquérito para apurar os fatos. A polícia também disse que a prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde já foram acionados para prestar informações. O caso é tratado como corrupção ativa.

Via G1 Sul de Minas