Informação com Credibilidade

Carmo do Rio Claro-MGCidadesCulturaDepartamentosDestaquesNotícias

VÍDEO: JORNALISTA CARMELITANO ESCREVE SOBRE A COPA PÓS ELEIÇÕES

Apesar do clima ainda meio tímido e, talvez, escondido pelas recentes eleições, fato é que a Copa do Mundo 2022 está batendo na porta, prestes a colocar a bola em campo.

Sobre este assunto, o jornalista carmelitano Evair Donizete, escreveu um texto onde ele fala justamente sobre esse clima de Copa do Mundo, logo após tão acirradas eleições.

Em um vídeo gravado para a Carmo Web, Evair explica a intenção do texto, segundo ele, é fazer com que os brasileiros se unam novamente em torno da paixão nacional que é o futebol, e para torcer juntos pela seleção brasileira. “Não vamos levar as eleições para a Copa”, ressalta.

Leia o texto abaixo e em seguida, veja o vídeo:

“Nunca na história das Copas do Mundo ela foi disputada no final do ano, sempre em meados de maio até julho. Só em 2022, por conta das altas temperaturas no Qatar, o mundial será realizado em novembro, no inverno árabe. Esse poderia ser apenas um detalhe, uma mudança que contribuiria com a agenda de eventos de final de ano, mas veio a ser muito mais do que isso, pelo menos no Brasil.

A disputa entre Lula e Bolsonaro aflorou a extrema paixão do brasileiro por pertencer e escolher, o Brasil que eu quero, mas o antagonismo entre ambos extrapola as quatro linhas da disputa presidencial e começa a invadir as mais diversas áreas da nossa vida cotidiana, daí vem o perigo. 

     Nos últimos dias um discurso tem ganhado força entre extremistas, o de que não devemos torcer para a seleção brasileira na Copa do Mundo do Qatar, porque seu principal jogador, Neymar, declarou apoio ao Presidente Jair Bolsonaro. Diante disso me vi na obrigação de trazer meu ponto de vista sobre a situação, e meu conselho é apenas um: NÃO LEVEM AS ELÇEIÇÕES PARA O QATAR!

    Não leve as eleições presidenciais no brasil para a Copa do Mundo. Jamais houve uma eleição tão acirrada quanto essa de 2022, logo, o Brasil nunca esteve com um nível de polarização tão alto quanto o atual. Passado o resultado das urnas, todos voltamos a ser apenas um Brasil, esquerdo ou direito, devemos seguir em frente. O futebol une as pessoas, une a nação, e passado essa guerra de ideologias, de ataques e de ódio, o brasileiro merece sorrir e se conciliar novamente com seu próximo. O esporte faz parte disso, justamente quando necessitamos de um bom motivo para para nos abraçarmos e sorrirmos juntos novamente.

    Negar a torcida pela seleção na Copa é negar um ato de cultura nacional, intrínseco ao brasileiro e que não deve ser confundido ou associado a apoio político. A seleção brasileira de futebol não é do Neymar, nem era do Bolsonaro e tampouco será de Lula. É nossa, assim como as cores da bandeira são nossas. Boicotar o trabalho desses atletas que vão representar o Brasil no mundial somente pelo fato de uma opinião política contrária é tão antidemocrático quanto os regimes autoritários que criticamos.”