Em 2024, cerca de 29,5% dos domicílios brasileiros não tinham ligação à rede geral de esgoto, segundo a Pnad Contínua do IBGE. O índice representa uma leve melhora em relação a 2019, quando 32% das casas estavam fora da rede. Atualmente, 70,4% contam com algum tipo de conexão, incluindo fossas sépticas ligadas à rede.
Apesar disso, o Instituto Trata Brasil aponta que apenas 51,8% do esgoto produzido no país recebe tratamento. A pesquisa também evidencia grandes desigualdades regionais: o Sudeste apresenta os melhores indicadores, enquanto Norte e Nordeste concentram as piores condições de saneamento.
No Norte, 36,4% dos lares ainda utilizam alternativas precárias como fossas rudimentares, valas e córregos, mais que o dobro da média nacional. Já São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram em cobertura, superando 80%. Por outro lado, estados como Piauí, Amapá, Rondônia e Pará têm índices muito baixos, e no campo a situação é ainda mais crítica: apenas 9,4% dos domicílios rurais contam com ligação à rede.

