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CHEGADA DE CEPA INDIANA DO CORONAVÍRUS NO BRASIL DISPARA ALERTA

A Índia vive um agravamento da pandemia, com cerca de 4 mil mortes diárias. Nas últimas semanas, a variante indiana B.1.617 do novo coronavírus foi detectada em outros 44 países de todos os seis continentes. E já chegou ao Brasil. Ontem, a Secretaria de Saúde do Maranhão confirmou o primeiro caso de pessoa infectada pela cepa indiana do coronavírus no país. O anúncio reforça o alerta país afora. E apesar de a cepa não ter sido identificada em território mineiro, a notícia põe em alerta especialistas e a secretaria de Saúde de Minas Gerais. A ordem é não descuidar das medidas preventivas que todos já conhecem.
Dados preliminares indicam que a variante B.1617 do coronavírus, originada na Índia e que apresenta alterações na proteína spike, tem capacidade de transmissão maior do que a cepa que deflagrou a pandemia, segundo afirmou a líder técnica da resposta à pandemia de COVID-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, em coletiva de imprensa em 10 de maio. De acordo com a cientista-chefe da entidade multilateral, Sumya Swaminathan, até onde se sabe, as vacinas contra a COVID-19 e tratamentos disponíveis são eficazes contra casos da cepa indiana. Ela ressaltou, no entanto, que as evidências ainda são recentes e é importante “dar tempo” para que mais dados sobre a variante sejam coletados.
O médico infectologista Estevão Urbano, um dos quatro integrantes do Comitê de Enfrentamento à Pandemia de COVID-19 em Belo Horizonte, expressa preocupação diante da detecção da variante no Brasil. “A grande quantidade de casos e de mortes pode estar relacionada à nova variante, assim como a variante P1 ocasionou a segunda onda no Brasil. Trata-se de uma cepa com potencial maior risco de transmissão e, possivelmente, mais agressiva. É importante ter cuidado”, afirma. Unaí Tupinambás, médico infectologista que também é integrante do Comitê acrescenta que estudos preliminares indicam que a B.1617 ainda é mais infectante do que a cepa B117 do vírus, detectada na Inglaterra. “Essa cepa nos deixa ainda mais em alerta. A variante encontrada na índia pode ser até 50% mais transmissível do que a encontrada no Reino Unido. É uma situação complicada”, disse.

Via Estado de Minas